
Rafael Neitzke Tambozi (PL), prefeito de Pouso Redondo, teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, após uma acusação de compra de votos durante as eleições municipais de 2024. O caso foi divulgado pelo Ministério Público Eleitoral na terça-feira (27).
Além da cassação do mandato, o prefeito Rafael foi declarado inelegível por oito anos e ainda recebeu uma multa de 20% do valor da causa por divulgar informações de um processo que corre em segredo de justiça.
A Justiça determinou a realização de novas eleições em Pouso Redondo. O TRE/SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) já foi comunicado para organizar o novo pleito.
Quem é o Prefeito de Pouso Redondo? 5w5559

Rafael Neitzke Tambozi, de 37 anos, é natural de Blumenau e formado em Engenharia Agronômica pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), com especialização em Gestão de Agronegócios pela UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Ele iniciou sua trajetória na política de Pouso Redondo como secretário de istração e Fazenda, em 2017. Em 2020, foi eleito vice-prefeito na chapa com Oscar Gutz (PL), que foi reeleito prefeito naquele ano.
Com a eleição de Gutz para deputado estadual em 2022, Rafael assumiu a prefeitura e foi reeleito nas eleições municipais de 2024. Na ocasião, declarou R$ 271.108 em bens.
Rafael é casado e pai de uma menina de seis anos.
Quem é a vice-prefeita de Pouso Redondo? 1c5k3u

A vice-prefeita de Pouso Redondo, Joseane da Silva (PL), também teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.
Natural de Florianópolis, Joseane tem 50 anos e é formada em pedagogia. Antes de ingressar na política, atuou como vendedora, balconista, catequista e professora.
Foi eleita vereadora em Pouso Redondo nas eleições municipais de 2020 e, entre 2023 e 2024, se tornou a primeira mulher a presidir a Câmara Municipal.
Em 2024, foi eleita vice-prefeita do município, declarando R$ 70.247,82 em bens à Justiça Eleitoral. Joseane é casada e mãe de três filhos.
O que motivou a cassação de prefeito de Pouso Redondo 614n4z

Segundo a investigação, materiais de construção comprados pela prefeitura com dinheiro público teriam sido entregues a moradores em pleno ano eleitoral.
A situação se agrava porque, conforme apurado pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), um servidor temporário (ACT) contratado pela prefeitura teria sido o responsável por coordenar as entregas, mantendo contato com uma empresa fornecedora e levando os materiais diretamente para casas de eleitores.
O que diz o prefeito de Pouso Redondo? 383g5a
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Em nota, Rafael disse que recebeu a notícia da cassação de seu mandato com “serenidade e surpresa”, e que respeita o Poder Judiciário, embora não concorde com a sentença.
A defesa do prefeito Rafael afirma que já entrou com recurso no TRE/SC, o que suspende os efeitos da sentença até o julgamento final.
“Seguimos confiantes de que a Justiça vai restabelecer a vontade soberana da população de Pouso Redondo, que nos elegeu de forma expressiva e democrática”, declarou a defesa.
