
A relatora da subcomissão temporária para acompanhamento dos preparativos da COP 30, a senadora Leila Barros (PDT-DF), afirmou que o país não pode ar ‘vexame’ no evento. Os parlamentares que compõem a subcomissão vão à Belém cumprir agenda nos dias 5 e 6 de junho.
De acordo com Leila, a diligência aprovada na Comissão de Meio Ambiente (CMA) tem como objetivo verificar o andamento de obras de infraestrutura e identificar dificuldades do governo local para cobrar ações do governo federal.
“A gente, na condição de subcomissão, nós vamos lá como observadores, mas a gente vai trazer as demandas e questionar e pedir ajuda para o governo federal. Não podemos pagar vexame não. Nós temos que fazer bonito”, afirmou Leila ao ND Mais.
Apesar de relatar a comissão, que tem prazo de 300 dias para acompanhar os preparativos da COP 30, a senadora Leila não irá participar da viagem. Devido a um problema familiar, a parlamentar decidiu nesta quarta-feira (4) não embarcar para a capital paraense. A senadora participou da abertura do 11º Fórum Parlamentar dos Brics.

Demais parlamentares integrantes da Comissão do Meio Ambiente (CMA) devem desembarcar na cidade ainda nesta quarta-feira ou no dia seguinte para avaliar os preparativos da COP 30. A agenda ainda não foi confirmada, mas os senadores devem se encontrar com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e com o prefeito de Belém, Igor Normando (MDB). Apesar de não poder participar desta diligência, a senadora Leila articula uma nova visita a dois meses do evento, em setembro, para checar o andamento dos preparativos da COP 30.
Infraestrutura é ponto central de preparativos da COP 30 1k2bm
No fim de 2024, a um ano da COP 30, a imprensa nacional e internacional noticiaram a falta de leitos em hotéis e pousadas para receber os turistas e as delegações estrangeiras para o evento.
Desde então, o governo investe em infraestrutura, como as as obras em andamento no aeroporto de Belém. Questionada sobre as informações que a subcomissão possui sobre essas obras, a senadora afirmou que “tiveram alguns avanços, em termos de saneamento, em termos da área onde será o evento”.
No entanto, devido ao prazo reduzido, o governo optou por estruturas temporárias, como as embarcações que devem servir como hotéis transatlânticos. Para Leila, a cidade e o Brasil perdem oportunidade de criar condições melhores para receber eventos também no futuro.
“Vai se contar com estrutura temporária, o que é lamentável”, comentou Leila ao ND Mais. “Seria uma ótima oportunidade para Belém adquirir estrutura. Não só para sediar a COP, mas também no futuro, futuros eventos. Até porque está ali, no coração da Amazônia”, completou.
Belém como sede da COP 30 2645k
Apesar das dificuldades logísticas com preparativos da COP 30, a senadora, que já ocupou a presidência da CMA, celebrou a escolha da cidade de Belém como sede do evento. Nesse sentido, a parlamentar alertou que a proposta do Brasil para esta edição do maior evento climático da ONU no ano é distinta de anteriores.
“Talvez a gente não vá fazer a COP de Dubai, mas nem combina com a gente aquele distanciamento. Eu acho que por ser menor, por ter uma infraestrutura menor, e por ali em um ambiente muito simbólico, eu acho que vai ser muito interessante”, afirmou Leila.
