
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva de Carla Zambelli (PL-SP), depois que ela anunciou que saiu do Brasil. O pedido foi feito oficialmente, por meio de uma manifestação física enviada ao STF.
Mesmo estando condenada a 10 anos de prisão pelo próprio Supremo, Zambelli afirmou nesta terça-feira (3) que deixou o país há alguns dias. A condenação é por envolvimento na invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ela também pode perder o mandato de deputada, o que depende de uma decisão da Câmara dos Deputados.
Em meio a polêmicas, PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli 6k704b
Em entrevista ao canal AuriVerde, no YouTube, Zambelli disse:
“Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui [sem especificar o lugar]. Vou pedir afastamento do cargo”.
Apesar da declaração, o nome dela ainda aparece no site da Câmara dos Deputados como deputada em exercício.

Carla Zambelli contou que pretende ficar na Europa, alegando ter cidadania europeia. Ela afirmou que não está fugindo do Brasil, mas que vai usar a sua presença no exterior para “denunciar a ditadura” que, segundo ela, estaria em curso no país.
“Vou me basear na Europa. Eu tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila em relação a isso. Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país, muito pelo contrário, é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, declarou a parlamentar.
“Vou levar isso em todos os países da Europa. Vou denunciar em todas as Cortes que a gente tiver na Europa”, completou. Agora, a PGR pede a prisão preventiva de Carla Zambelli.
Condenação ainda é contestada z111o
Apesar de ter a perda de mandato determinada pelo STF, Zambelli não perdeu o cargo automaticamente. A perda da função de deputada só pode ser concretizada pela Câmara dos Deputados. O que está valendo é a inelegibilidade da parlamentar por oito anos.

Mesmo condenada, a defesa da parlamentar já entrou com recurso contra a decisão, tomada pela Primeira Turma da Corte. No recurso protocolado, os advogados de Zambelli alegam “cerceamento de defesa”, ao afirmar que não tiveram o completo a provas importantes para o caso, como os cerca de 700 GB de dados armazenados na plataforma “mega.io”.
A defesa pede que o STF reconheça esse ponto, conceda o integral aos documentos e, com base nisso, absolva a parlamentar. Foi solicitado, ainda, que sejam afastadas outras consequências da condenação, como a perda de mandato.
*Com informações de Mterópoles.