O governador Carlos Moisés da Silva assinou esta tarde, em Brasilia, a ficha de filiação no Republicanos. Ele permanece na capital federal mantendo contatos políticos com dirigentes do Podemos e do MDB.
A decisão representa o propósito do governador de ficar distante nesta campanha dos principais partidos políticos. Sua estratégia seria a de evitar perda de sustentação na Assembleia Legislativa.
A prioridade inicial de inscrever-se numa sigla menor para construir uma coligação com o PP, o MDB e o PSDB, frustrou-se nos primeiros contatos. PP e MDB em Santa Catarina são adversários históricos.
Carlos Moisés, filiando-se ao Republicanos, esnobou as principais legendas. Esta opção partidária representa uma pesada derrota política para os deputados estaduais do MDB, que sempre defenderam a filiação do governador, enfrentaram a direção estadual e tentaram liquidar as prévias, justamente com este objetivo.
PP e PSDB também ficaram pendurados sem escada. Apostaram na filiação de Carlos Moisés e acabaram sem nomes fortes para concorrer ao governo estadual.
Moisés tem conversas adiantadas com o Podemos. Líderes e parlamentares do MDB também articulam a indicação de um vice, no caso o deputado Carlos Chiodini, para formalizar uma coligação.
O governador tinha agenda amanhã em Florianópolis, mas decidiu adiar sua permanência em Brasilia, justamente para dar continuidade as conversações com MDB e Podemos.
Neste momento, a disputa ao governo está sem favoritos, uma vez que nenhum dos nomes cogitados construiu aliança forte para a campanha.
Este cenário nebuloso e indefinido começará a clarear apenas a partir de 2 de abril, quando termina o prazo para desincompatibilizações e encerra-se a janela partidária. E, sobretudo, até agosto, data das convenções.