A Câmara de Vereadores de Papanduva, no norte do Estado, convive com um ime em meio às investigações da Operação Mensageiro.
A vereadora Mariângela Senna (MDB) protocolou um pedido de cassação do prefeito Luiz Henrique Saliba (Progressistas), preso preventivamente no caso que investiga corrupção em contratos de coleta de lixo em diversas cidades do Estado. No entanto, o procurador jurídico da Casa é Luiz Eduardo Saliba, filho do prefeito e servidor efetivo do município.

“O setor de licitações está estudando a nova contratação de um advogado que seja imparcial para não ‘pender’ a defesa para nenhum lado e analisar a proposta [de cassação]”, afirma o presidente da Câmara, o vereador Jeferson Chupel (PSD).
O procurador jurídico é o servidor que representa o Poder Legislativo Municipal em questões judiciais que necessitem de profissional especializado da área. No processo de cassação em questão, caso seja aprovado, Luiz Eduardo representaria o município, contra o próprio pai.
Procurador afirma que não atuará em eventual processo 4r2p1e
Luiz Eduardo Saliba já foi assessor jurídico na Prefeitura de Balneário Camboriú, e também faz parte de um escritório de advocacia que leva o seu sobrenome. Saliba é formado em direito pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), e estudou direito previdenciário na PUR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
O procurador jurídico da Câmara Municipal de Papanduva informou ao ND+ que é servidor efetivo desde 2013 e declarou-se “impedido de atuar no referido processo legislativo, bem como em todos os atos envolvendo as questões pessoais de seu pai junto à Câmara, em razão do parentesco, como já o fez em outras oportunidades”.