A carreira militar do tenente-coronel Mauro Cid ficará congelada por conta da decisão da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que o tornou réu, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais cindo aliados, por tentativa de golpe. Cid já estava afastado e agora fica sob a condição “sub judice”, que o impede de ser promovido, além de não poder ar para a reserva.
A avaliação dos militares é que, mesmo com o acordo de delação premiada, dificilmente ele escapa de uma condenação – Foto: Lula Marques/Agência BrasilO processo é uma consequência praticamente automática, uma vez que a decisão é pública. Há ainda a possibilidade do Exército solicitar algum documento, mas isso não impacta no processo istrativo interno. Apesar de ter sua carreira congelada, ele não perderá seu cargo.
Ao fechar o acordo de delação, Mauro Cid pediu perdão judicial ou uma pena máxima de dois anos de prisão. Essa foi uma tentativa de escapar de uma decisão na corte militar, que prevê avaliar casos de condenações acima de dois anos.
Além de Mauro Cid, veja como fica a carreira militar de outros réus 534y6o
As mesmas restrições não devem atingir os outros réus. O general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), o general Braga Netto (ex-vice de Bolsonaro), o general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e o almirante Almir Garnier já estão aposentados das Forças Armadas e por isso não terão a carreira militar bloqueada.
No entanto, a Procuradoria-Geral de Justiça Militar deverá notificar a corte militar para avalia quais serão as consequências da decisão do Supremo.
Delação 4o701z
A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou que o ex-presidente foi beneficiado com dinheiro no caso das joias. Ele afirmou à PF (Polícia Federal) que entregou US$ 86 mil, o equivalente a R$ 492 na cotação, decorrentes da venda das joias. Elas foram recebidas como presentes por Bolsonaro enquanto chefe de Estado.
