O falecimento do jornalista Carlos Fehlberg, ocorrido na manhã deste domingo (15), no Hospital Baia Sul, em Florianópolis, aos 88 anos de idade, enluta a imprensa catarinense e brasileira e empobrece a ciência política.

Gaúcho de nascimento, foi sempre foi um jornalista medular, desde o início da carreira, em Porto Alegre (RS), como repórter do grupo Zero Hora.
Formado em Medicina pela URGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), em 1958, já atuava em jornal e, por isso, abdicou do exercício na área da saúde para se transformar num dos mais dedicados e competentes editores e colunistas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Brasil.
Exerceu o cargo de Editor Chefe do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, na fase mais próspera do diário gaúcho. Depois, por 10 anos, editou o Diário Catarinense, em Florianópolis.
Os colegas que com ele trabalharam nesta época dão depoimentos insuspeitos de sua paixão pelo jornalismo e pelo trabalho. Dava plantão sábados, domingos e feriados para oferecer o melhor jornal aos leitores. Chegava a providenciar dois a três edições sobre um tema palpitante e de grande interesse público, alterando as respectivas capas.
Atuou como Secretário de Imprensa do presidente Garrastazu Médici, onde procurava atender os profissionais no Palácio do Planalto, fazia o meio de campo com as autoridades federais e procurava agir com ética e profissionalismo.
Quando se afastou do Diário Catarinense, abriu um btitulado “Política para Políticos”, onde comentava os principais temas nacionais.
Durante anos anunciava a redação de um livro sobre a recente história do Brasil, até agora inédito.
Era casado com a jornalista Estela Benetti, uma das analistas de economia mais competentes de Santa Catarina, colega maravilhosa que nos últimos anos dedicou-se a assistência permanente de Carlos Fehlberg, desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
A ACI (Associação Catarinense de Imprensa) emitiu nota de pesar lamentado seu falecimento e destacando suas qualidades profissionais e pessoais.
“Fehlberg deixa um legado de talento, amizades, paixão pela profissão, e a memória das muitas histórias que sabia contar como ninguém. Nossos sentimentos à família e amigos”, complementa a ACI por meio de nota.
Confira a nota na íntegra: 1t183s
A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) – Casa do Jornalista lamenta a morte, neste domingo (15), de Carlos Machado Fehlberg, ex-diretor de redação do Diário Catarinense e da Zero Hora e amigo de inúmeros repórteres, editores e outros profissionais que tiveram a oportunidade de dividir a redação e aprender com o médico por formação que optou pela carreira de jornalista.
Apaixonado pela reportagem e por política, Fehlberg comandou a redação do Diário Catarinense entre os anos de 1992 e 1998, dando inúmeras demonstrações de camaradagem e respeito com a equipe, de vasta cultura e da larga experiência profissional, características que garantiram a ele o carinho e a iração dos colegas.
Leitor contumaz, dono de grande capacidade de trabalho e entusiasmado pelo propósito de informar, Fehlberg era dos primeiros a chegar e dos últimos a sair da redação, sempre preocupado em produzir o melhor jornal possível, com furos de reportagem, análises e textos de qualidade.
Nos últimos anos, debilitado por inúmeros problemas de saúde, contou com a companhia ecuidados da parceira de quase três décadas, sua esposa e também jornalista, EstelaBenetti.
Fehlberg deixa um legado de talento, amizades, paixão pela profissão, e a memória das muitas histórias que sabia contar como ninguém.
Nossos sentimentos à família e amigos!