
Um novo ime entre Igreja e Estado reacendeu o debate sobre liberdade religiosa e proteção de menores nos Estados Unidos. A Igreja Católica confirmou que qualquer padre que seguir a nova lei aprovada em Washington será automaticamente excomungado.
A medida exige que o clero denuncie às autoridades casos de abuso sexual ou suspeitas reveladas durante a confissão – o que vai contra o direito canônico e a tradição milenar da Igreja.
Igreja Católica enfrenta nova lei com ameaça de excomunhão 2l5p30
A partir de 27 de julho, entra em vigor no estado de Washington a nova legislação que obriga líderes religiosos a denunciarem casos de abuso infantil, mesmo que revelados durante a confissão. A Igreja Católica foi direta: qualquer padre que cumprir a exigência será excomungado.
“O clero católico não pode violar o sigilo da confissão, ou será excomungado da Igreja”, informou a Arquidiocese de Seattle. Essa posição se baseia no direito canônico, que considera a quebra do sigilo confessional uma ofensa gravíssima.
Bispos e especialistas reagem à nova lei 4492r
Para o arcebispo Paul Etienne, de Seattle, o posicionamento da Igreja é inegociável. “Os padres não podem cumprir esta lei se o conhecimento do abuso for obtido durante o Sacramento da Reconciliação”, afirmou.

Especialistas apontam que a medida representa uma colisão direta entre o direito canônico e leis civis. “Isso é altamente controverso porque desafia diretamente um elemento central da fé católica”, disse Michele Dillon, da Universidade de New Hampshire, em entrevista ao portal Newsweek.
Donald Trump gerou polêmica ao se retratar como Papa 4w2t1d
O assunto ganhou ainda mais atenção após uma postagem de Donald Trump, que compartilhou uma foto em que aparece vestido de Papa, gerada por IA (Inteligência Artificial).
A publicação viralizou nas redes e reacendeu discussões sobre o papel da religião na política.

O que pode acontecer agora 48196q
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando se a lei infringe a Primeira Emenda, que garante a liberdade religiosa. A medida pode ainda ser barrada judicialmente, dependendo do resultado dessa revisão federal.
Enquanto isso, padres, bispos e outros líderes religiosos já afirmam que preferem enfrentar as consequências legais do que desrespeitar as normas da Igreja. O debate segue e o desfecho pode influenciar legislações semelhantes em outros estados americanos.