Ao indicar a ex-secretária municipal Maria Cláudia Goulart, através da executiva municipal, como o nome do União Brasil para a vaga de pré-candidata a vice-prefeita, o ex-prefeito Gean Loureiro faz um movimento para blindar de interferências estaduais ou nacionais sua decisão de tirar o partido da aliança do prefeito Topázio Neto (PSD).
Secretária de Assistência Social na gestão de Gean Loureiro, Maria Cláudia Goulart foi indicada pelo ex-prefeito para ser pré-candidata a vice-prefeita de Florianópolis pelo União Brasil – Foto: Anderson Coelho/NDO rompimento da aliança iniciada na eleição de 2020, quando Gean era o titular e Topázio o vice, foi consolidado ao longo dos meses de junho e julho e segue o roteiro definido pelo ex-prefeito – mesmo com reclamações públicas dos três vereadores do partido em Florianópolis e da bancada na Assembleia Legislativa.
Ainda antes do rompimento público, o nome de Maria Claudia já circulava pelos bastidores como vice em eventual composição com o ex-prefeito e ex-senador Dário Berger (PSDB). No sábado, a convenção do PSDB oficializar a candidatura e, nos planos de Gean, o União Brasil faz o mesmo ao formalizar a composição.
Confirmação de Maria Cláudia deve ser questionada 521624
Há uma disputa não muito discreta nos bastidores sobre o futuro do União Brasil. O presidente estadual da legenda e deputado federal Fábio Schiochet se move de forma cautelosa para não contrariar a bancada estadual e nem sua principal liderança na Grande Florianópolis – peça importante na composição da chapa de candidatos a deputado estadual em 2026.
Assim, a trama que é tecida na executiva estadual pode acabar desfeita apenas em nível nacional, onde o presidente nacional Antonio Rueda está em linha com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Manter a capital do Estado mais bolsonarista do Brasil é uma vitória no tabuleiro nacional do PSD – mesmo que em Florianópolis o partido esteja aliado ao PL.
