Após ser solto em 9 de agosto, o ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, no Planalto Norte catarinense, Adelmo Alberti, fez novas revelações sobre grupo criminosa que atuava contra a istração pública. Como condição para soltura, o investigado deveria participar de colaboração premiada com o Ministério Público.

Em seu depoimento, o ex-prefeito revelou que a intenção do grupo do qual fazia parte era expandir as operações para outros municípios. “Existia um grupo organizado e que estavam planejando ir para outros municípios”, diz documento do MP-SC. O nome das cidades não estão citadas.
De acordo com o órgão, as informações do investigado e os inúmeros documentos anexados demonstram a suposta prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. “Sabiam que estavam fazendo coisas erradas, desvio de dinheiro público”, diz depoimento.
A acusação trata do uso de empresas suspeitas de serem do próprio Alberti, mas comandadas por laranjas para vencer processos licitatórios em Bela Vista do Toldo e em outras cidades da região.
As empresas eram contratadas para fornecer maquinários e realizar serviços para as prefeituras. Porém, os contratados recebiam pagamento por serviços que eram, de fato, executados com maquinário da própria prefeitura. O valor pago era dividido entre os laranjas e o ex-prefeito.
O investigado também indicou ao MPSC que pelo menos outras sete pessoas participavam do grupo criminoso. Além de Alberti, esses suspeitos também são investigadas na operação.
Por que Et pater filium 6r65q
A operação Et Pater Filium, foi deflagrada em julho de 2020 com as prisões do então prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, e de seu filho, Marcus Vinícius Severgnini.
A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro.
*Com informações do portal JMais