Vereadores catarinenses ameaçadas de morte pediram apoio à Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina. Na quinta-feira (9), elas foram recebidas pela superintendente, delegada Aletea Vega Marona Kunde. O encontro foi confirmado pela PF.
Na foto, as vereadoras Carla Ayres (PT) e Giovanna Mondardo (PCdoB), com a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) e a vereadora cassada, Maria Tereza Capra (PT), pivô da onda de ataques – Foto: PT/Divulgação/ND“Foi uma reunião muito positiva, mostrou que a Polícia Federal já está bem ciente da situação, de todas as ameaças que as nossas vereadoras estão enfrentando. Após ouvir os relatos das vítimas, a superintendente nos assegurou que, dentro das atribuições da PF, o caso seguirá sendo acompanhado e medidas, tomadas, se necessárias”, disse a deputada estadual Luciane Carminatti (PT), que articulou a audiência.
Pivô do episódio de violência política e de gênero que desencadeou a onda de ameaças, Maria Tereza Capra (PT) destacou que a busca de apoio na esfera federal é amparada pela inclusão das vereadoras no PPDDH (Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas) do Ministério dos Direitos Humanos.
As ameaças começaram após as manifestações de solidariedade das colegas parlamentares a Maria Tereza, que teve seu mandato cassado no dia 3 de janeiro, em São Miguel do Oeste, por quebra de decoro parlamentar após denunciar supostos gestos nazistas.
As intimidações foram recebidas por e-mail por cinco mulheres parlamentares de Santa Catarina: as vereadoras Maria Tereza Capra (PT), de São Miguel do Oeste, Carla Ayres (PT), de Florianópolis, Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, Ana Lucia Martins (PT), de ville e Marlina Oliveira (PT), de Brusque. A Polícia Civil de Santa Catarina segue investigando o caso.
Ameças e ofensas
As vereadores receberam no dia 3 de janeiro e-mails com ameaças e ofensas. A vereadora Ana Lucia Martins (PT) de ville, e a vereadora de Brusque, Marlina Oliveira (PT) foram, inclusive, vítimas de racismo.
Outras pessoas também são ameaçadas de morte no e-mail, entre elas: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
