Governo conclui MP que pode deixar a energia mais barata para 60 milhões de brasileiros vjt

Governo Lula deve enviar ao Congresso, nos próximos dias, uma medida provisória para reformar o setor elétrico e tornar a energia mais barata para cerca de 60 milhões de brasileiro 175w6g

energia mais barataTorres de transmissão de energia elétrica – Foto: Tauan Alencar/MME

O governo Lula finalizou a avaliação da medida provisória (MP) sobre a reforma do setor elétrico no Brasil, que deve distribuir energia mais barata na tarifa de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros.

A iniciativa é do Ministério de Minas e Energia, que propõe abertura do mercado livre, aumento dos benefícios para consumidores de baixa renda e a realocação dos custos setoriais.

Na última sexta-feira (2), o titular da pasta, ministro Alexandre Silveira (PSD), apresentou o documento ao presidente Lula. O Palácio do Planalto teria concluído a análise da matéria nesta terça-feira (6).

energia mais barataO ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentou ao Planalto a MP que deve tornar energia mais barata para parte da população – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Reforma do setor elétrico deve gerar energia mais barata y1d3g

A medida provisória (MP) elaborada pelo governo federal tem potencial de impactar diretamente a vida de 60 milhões de brasileiros, promovendo uma tarifa de energia mais barata. Do total de beneficiados, 4,5 milhões de famílias – cerca de 16 milhões de pessoas – terão isenção total da conta de luz, enquanto os demais receberão descontos proporcionais.

A nova política estabelece que a tarifa de energia será gratuita para famílias inscritas no CadÚnico, com renda per capita de até meio salário mínimo e consumo mensal de até 80 kWh. Para consumos entre 80 e 120 kWh, haverá um sistema de cobrança proporcional, o que amplia o alcance da política de energia mais barata sem sobrecarregar o sistema.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o custo da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica será de R$ 3,6 bilhões por ano. Esse valor será financiado por meio da readequação dos subsídios atualmente concedidos a fontes de energia renovável, como a solar e a eólica. Hoje, esses incentivos são pagos por todos os consumidores, o que encarece a conta de luz. A MP propõe um modelo mais justo, realocando esses encargos e, com isso, promovendo uma energia mais barata para quem mais precisa.

Por outro lado, a medida deve sofrer críticas por retirar o incentivo para instalação residencial de energia solar e eólica. Atualmente, esses modelos produzem energia mais barata devido aos subsídios, que representavam um esforço do governo em alterar a matriz energética com foco na redução da emissão de gases de efeito estufa, um dos temas da COP 30 a ser realizada em Belém, em novembro de 2025.

Redução de encargos e redistribuição de custos 3x6i4g

Para viabilizar a gratuidade e os descontos na tarifa, o governo propõe mudanças profundas na estrutura de custos do setor. Entre as alterações, estão o rateio igualitário das cotas de energia produzida pelas usinas de Angra 1 e 2 — que ará a incluir os consumidores livres — e a alocação proporcional da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) entre todos os consumidores, independentemente do nível de tensão.

A expectativa é que essas ações equilibrem o sistema e tornem a distribuição dos encargos mais justa. A MP também propõe limitar os descontos de uso da rede elétrica (TUST e TUSD), que hoje favorecem alguns setores, mas geram distorções que encarecem a conta para o restante da população.

Com essas mudanças estruturais, o governo pretende garantir energia mais barata de forma permanente, ao invés de depender exclusivamente de políticas temporárias ou paliativas.

energia mais barataPresidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do ministro Alexandre Silveira – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Abertura do mercado e liberdade de escolha 4q2n3s

Outro ponto central da MP é a abertura completa do mercado livre de energia até 2028. Atualmente, esse modelo está a grandes consumidores, como indústrias e grandes comércios. Com a mudança, todos os consumidores residenciais poderão escolher de quem comprar sua energia, como já acontece com operadoras de telefonia.

A expectativa é que a concorrência estimule a queda nos preços e incentive investimentos em novas tecnologias e fontes de energia, o que também pode resultar em energia mais barata a médio e longo prazo. A abertura gradual, com início previsto para 2027, será acompanhada de regulamentações que buscam proteger o consumidor final e evitar abusos.

Perspectivas e impacto social 5r1f68

Além de promover justiça social, a proposta tem potencial de se tornar uma das principais marcas do terceiro mandato de Lula. A criação da Tarifa Social de Energia Elétrica e do novo Desconto Social amplia o o à energia e alivia o orçamento de milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. A MP reflete o objetivo de outras inciativas do governo para recuperar a popularidade, que sofreu queda no fim de 2024.

Ao longo de sua trajetória política, o presidente Lula destacou a importância de projetos de caráter social para o Brasil. Assim, além da energia mais barata, o governo aposta no aumento do salário mínimo para mudar a opinião pública.

Outro projeto previsto para este ano é a isenção no imposto de renda para rendas até R$5 mil. Assim, a reforma do setor elétrico é mais uma ação do governo para atender as necessidades básicas de parte da população, mesmo que se torne mais oneroso para o restante da sociedade.

O Ministério de Minas e Energia destaca que o consumo médio de 80 kWh por mês contempla os itens essenciais de uma residência modesta: seis lâmpadas, geladeira, ventilador, ferro de ar, chuveiro e carregador de celular. Isso reforça o caráter inclusivo da medida e seu foco em garantir energia mais barata para quem realmente precisa.

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