A deputada federal, Carla Zambelli (PL), pediu ajuda ao empresário Elon Musk em seu perfil no X (antigo Twitter) nesta sexta-feira (24). O pedido ocorreu após ela se tornar ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) virou ré no Supremo Tribunal Federal – Foto: Michel Jesus/ Câmara dos DeputadosNo início de abril, o bilionário travou um embate contra o judiciário brasileiro pelo X. Musk acusou o ministro Alexandre de Moraes de supostas arbitrariedades judiciais após bloqueios em contas bolsonaristas.
Zambelli que é ré em um inquérito judicial por ter invadido o sistema do CNJ e anexar documentos falsos implorou ao empresário para “salvá-la”. O empresário não respondeu a deputada.
Carla Zambelli respondeu uma publicação de Elon Musk no X – que não tinha relação alguma com o Brasil – alegando que todos os processos referentes a ela recomeçaram pelo fato do empresário “ter parado de tuitar sobre o país”.
“@elonmusk, por favor, olhe novamente para o Brasil. Você começou uma revolução contra o mal no Brasil, mas depois que parou de tuitar, todos os processos recomeçaram. Anteontem sofri um revés pela segunda vez, por pura perseguição. Parece que estamos vivendo no inferno. Ajude-nos!”, escreveu Zambelli, em inglês, na postagem de Musk.
Carla Zambelli pediu ajuda ao empresário Elon Musk para tentar livrá-la de processo – Foto: X/Reprodução/NDCarla Zambelli é ré no Supremo Tribunal Federal 6f4z4x
Por unanimidade, a primeira turma do STF decidiu aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Zambelli, na última terça-feira (21). A deputada virou ré juntamente com o “Hacker de Araraquara”, Walter Delgatti Neto, pela invasão dos sistemas do CNJ.
Hacker Walter Delgatti Neto é réu pela inserção de dados falsos sobre ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoOs dois responderão por crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A PGR havia oferecido a denúncia no dia 23 de abril, com apoio da Polícia Federal.
Na denúncia, o hacker Delgatti é acusado de invadir os sistemas e anexar documentos falsos. Ele afirmou em depoimento que Carla Zambelli foi a mandante e mentora do crime, ocorrido em 4 de janeiro de 2023.
