A Justiça Eleitoral tornou réu na quinta-feira (5) o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), acusado de ter caluniado Jorginho Mello (PL) durante a campanha eleitoral de 2022. O caso tramita no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Os fatos investigados ocorreram durante um debate eleitoral realizado no dia 27 de setembro de 2022, período que antecedeu o primeiro turno das eleições. O pleito terminou com Jorginho Mello vencendo Décio Lima (PT) no segundo turno. Moisés ficou em terceiro no primeiro turno.
“[Jorginho Mello] me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões. Você disse que para você aquele contrato era muito importante”, alegou Moisés na ocasião.
Jorginho entrou com uma denúncia no dia seguinte ao debate, denunciando o então candidato à reeleição pelo Republicanos por crime de calúnia eleitoral. Os fatos foram investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina, que apresentou denúncia contra Moisés.
A Justiça Eleitoral propôs ainda em agosto deste ano um acordo de transação penal para Moisés, que é quando o processo é arquivado mediante o pagamento de multa ou suspensão de direitos. A audiência ocorreria no último dia 19, mas o ex-governador negou o acordo.
A defesa de Moisés sustenta no processo que ele tinha foro privilegiado, por ser governador na época, e que as acusações faziam parte da dinâmica do debate. “Caso não acatados os pedidos, requer-se a produção de toda e qualquer prova em direito itida, em especial a documental e testemunhal”, destacaram os advogados de defesa.
Uma nova audiência deve ser marcada para as próximas semanas.
O ND+ procurou a defesa do ex-governador Carlos Moisés, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem. O espaço está aberto.