Respiradores: conselheiro pede vista e TCE adia veredito por mais uma semana l2c4x

Decisão do TCE no caso dos Respiradores deveria sair hoje, mas conselheiro pediu vista e sessão foi adiada para semana que vem; relator quer ressarcimento dos R$ 33 milhões por parte de investigado

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) adiou por mais uma semana a votação da sentença istrativa no caso dos Respiradores. O julgamento deveria ser finalizado nesta segunda-feira (28), mas um dos conselheiros pediu vista após a leitura do voto do relator, e a sessão foi suspensa até dia 04/09.

Sessão desta segunda-feira contou com a leitura do voto do conselheiro-relator no caso dos RespiradoresSessão desta segunda-feira contou com a leitura do voto do conselheiro-relator no caso dos Respiradores – Foto: Paulo Metling/ND

A expectativa é que a votação da sentença pelos seis conselheiros do TCE acontecesse nesta segunda, mas Luiz Eduardo Cherem pediu vista do processo à Corte, adiando a sessão.

Relator do caso pede punição aos acusados 4u635g

A primeira sessão do processo 20/00179260, que julga seis acusados de irregularidades na compra dos 200 respiradores pulmonares durante a pandemia de Covid-19 (Caso Veigamed), aconteceu duas semanas atrás, no dia 14 de agosto. Na ocasião, a defesa dos suspeitos pôde fazer uso da palavra e apresentar argumentos.

Já nesta segunda (28), foi a vez o conselheiro-relator, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, realizar a leitura do seu voto. Durante quase 3 horas, ele fez um resumo da fundamentação da decisão, com a exibição de provas e justificativas fundamentadas na lei.

No texto, Adircélio pede a responsabilização máxima de todos os citados, exceto a servidora pública Leila Danielewicz. Com isso, ele justifica o ressarcimento aos cofres públicos dos R$ 33 milhões gastos na compra fraudulenta de 200 respiradores que nunca foram entregues a Santa Catarina.

Conselheiro-relator levou quase 3 horas para fazer a leitura do voto no processo – Foto: Paulo Metling/NDConselheiro-relator levou quase 3 horas para fazer a leitura do voto no processo – Foto: Paulo Metling/ND

“Diante da gravidade da pandemia, os agentes envolvidos deveriam ter atuado com redobrado grau de cautela a fim de mitigar riscos. Tudo estava errado desde o início: a chegada VeigaMed e a contratação pelo estado de uma empresa sem condições causou o dano. E só houve dano porque a empresa era revestida dessas características, e porque houve um pagamento antecipado” afirmou o conselheiro-relator durante a leitura do voto.

O que determina o relator k6348

O texto do relator-conselheiro, que ainda vai a plenário, propõe:

“Estabelecer responsabilidade solidária e ressarcir aos cofres públicos o valor dispendido à época de forma antecipada (com o desconto do que já foi recuperado pelo Estado e com a atualização (dez/22) dos valores restantes, o montante seria de R$ 28,14 milhões) a:

  • Veigamed Material Médico e Hospitalar;
  • Fábio Deambrósio Guasti, empresário;
  • Pedro Nascimento Araújo, CEO da Veigamed;
  • Helton de Souza Zeferino, secretário de Estado da Saúde à época;
  • Douglas Borba, secretário de Estado da Casa Civil à época;
  • Márcia Regina Geremias Pauli, superintendente de Gestão istrativa à época;
  • José Florêncio da Rocha, coordenador do Fundo Estadual de Saúde e ordenador Primário de Despesa;
  • Carlos Charlie Campos Maia, diretor de Licitações e Contratos à época;
  • Carlos Roberto Costa Júnior, assessor jurídico da SES à época.

E pagamento de multa de R$ 19,9 mil a:

  • Helton de Souza Zeferino;
  • Carlos Charlie Campos Maia;
  • Márcia Regina Geremias Pauli;
  • Carlos Roberto Costa Júnior;
  • Douglas Borba.”

O texto pode ser aprovado pela Corte ou reavaliado, no caso do conselheiro que pediu vista.

O que acontece agora? 1h5c4n

Com o adiamento da sessão, a votação por parte dos seis conselheiros ficou para a próxima segunda-feira (04/09). Para o diretor-geral do TCE, Sidnei Tavares, a expectativa é que a decisão se consolide o quanto antes.

“Diante do longo tempo em que o tema foi debatido, mesmo com atualização do voto, eu acredito que na próxima sessão tenhamos o resultado”, afirmou em entrevista ao repórter Paulo Metling, da NDTV.

“Esse processo é muito importante para o TCE. É um trabalho que foi feito a muitas mãos aqui dentro, até mesmo pela sua complexidade. A sociedade cobra e acaba sendo também um exemplo pra outras outros gestores que trabalham com o dinheiro público. Então, por isso também esse cuidado todo em um caso como esse”, justificou Tavares.

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