A transmissão do cargo de prefeito de Jaraguá do Sul pelo empresário Antídio Lunelli (MDB) ao vice Jair Franzner(MDB) lotou o Teatro da Scar, revelou apoio entusiástico de várias delegações do norte e nordeste com sua candidatura ao governo. Não houve registro, contudo, da presença de dirigentes de outros partidos, mas apenas de líderes do MDB.

O primeiro desafio do ex-prefeito será promover a unidade interna. O MDB está dividido hoje em vários grupos: bancada estadual, comando partidário e prefeitos municipais. Cada uma dessas correntes tem uma posição diferente em relação a candidaturas e alianças políticas visando as eleições de outubro.
O segundo obstáculo está na estadualização do nome e a pregação de gestor competente, que construiu um império industrial a partir do zero e provou qualificação em Jaraguá do Sul, sendo o único prefeito da história a merecer recondução pelo eleitorado.
Neste momento, a candidatura de Lunelli depende muito mais da efetiva adesão do MDB do que dos próximos os e eventuais conquistas com alianças partidárias.
O MDB assemelha-se neste início de campanha a um comandante em alto mar sem bússola para oriente e una seu destino. Desde a morte do senador Luiz Henrique da Silveira, o partido ficou sem uma liderança consistente e aglutinadora.
Esta é outra deficiência registrada no PSDB, tradicional aliado do MDB. O tucanato está perdido e a sigla derretendo-se a partir das equivocadas decisões nacionais, com repercussões também em Santa Catarina. Carece de uma liderança consolidada.
Lunelli é um político novo e revela-se um líder determinado. Se conseguir o apoio da bancada estadual e dos prefeitos, viabiliza sua candidatura. E esta adesão pode depender de novas alianças.
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