Prestar atendimento especializado às demandas relativas à violência contra a mulher, principalmente no que diz respeito aos direitos políticos e questões eleitorais. Esse é o objetivo da Ouvidoria da Mulher, lançada pelo TRE-SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) na última terça-feira (23).

A criação desse espaço de acolhimento acompanha o movimento iniciado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de instalar ouvidorias para ampliar os canais de comunicação contra a violência de gênero no Brasil.
“É mais um local para que a população e principalmente as mulheres possam pedir auxílio, ajuda e até mesmo socorro quando estiverem ando por necessidades e dificuldades de violência de todos os tipos”, disse a desembargadora Tânia Regina Silva Reckziegel, ouvidora nacional da mulher do CNJ.
De acordo com a magistrada, o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de países que mais matam mulheres e nos últimos 10 anos foram mais de 56 mil vítimas de feminicídio no país.
“E quando falamos de violência pode ser, sim, a violência política que neste período será algo bem acentuado”, destacou a desembargadora.
“São essas as formas que temos à disposição para tentar corrigir injustiças perpetradas diariamente em nossa sociedade por aqueles que não têm o olhar atento às mudanças necessárias”, disse o juiz ouvidor Zany Estael Leite Júnior, ao conduzir a solenidade.
Também estiveram presentes no lançamento o presidente da Corte, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann, e a presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual do TRE-SC, juíza Ana Cristina da Rosa Grasso.