O Movimento Democrático Brasileiro e o Partido Progressista são forças políticas antagônicas em Santa Catarina. Mesmo com a ascensão de outras siglas e com a onda bolsonarista que afastou ambos do Palácio da Agronômica, continuam tendo protagonismo – especialmente nos pequenos municípios. Quem anda pelo interior vê bandeiras azuis e vermelhas até mesmo fora do período eleitoral. MDB e PP são como água e óleo. Aqui mesmo, em Florianópolis, o resultado da eleição municipal diz muito sobre essa dificuldade de aproximação. A deputada federal Angela Amin (PP) ficou em quarto lugar, tendo o MDB na coligação. Para o contexto catarinense, as duas legendas se encaixam naquilo que se convencionou dizer “velha política”.
Durante a campanha de 2018, Moisés criticou a estrutura partidária tradicional – Foto: Divulgação/NDO termo entre aspas foi amplamente repetido por ninguém menos que o governador Carlos Moisés. A terra deu algumas voltas em torno do próprio eixo e também em torno do sol e cá estamos. Hoje, MDB e PP estão juntos e compõem a base do governo Moisés, inclusive com indicação de cargos.
Mais que isso, é público – sem confirmação oficial, mas com amplas sondagens nos bastidores – que MDB e PP estão de portas abertas para o projeto de reeleição do atual governador à Agronômica. O mundo não gira, capota.
Altair Magagnin Jr., interino
