A imensa responsabilidade social diante do crescimento do autismo 26463n

Há alguns anos, conheci um grupo de mães de autistas com relatos incríveis sobre as dificuldades que enfrentavam para ar serviços e locais públicos com seus filhos.

Desde então dediquei atenções do mandato em favor desse grupo de pessoas, autistas, familiares e cuidadores, procurando ajudá-los em seu cotidiano, garantindo maior inserção social e atenção da sociedade.

Em 2007, a ONU instituiu a data de 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo, e hoje celebramos o Abril Azul como mês dedicado a dar visibilidade aos portadores do TEA (Transtorno do Espectro Autista). O mês foi escolhido como forma de ressaltar a necessidade crescente de novos programas desenvolvidos para apoiar as pessoas com autismo.

Tratamos de um grupo em crescente na sociedade, que requer atenções especiais. Basta citar que no início do século 21 os autistas eram estimados em 6,7 casos por 1.000, e 20 anos depois já chegaram a 27,6 casos por 1.000 nascidos, ou seja, uma criança a cada 36, e há projeções de ampliação ainda mais significativas de diagnósticos.

Em 2019, aprovamos na Assembleia Legislativa proposta de minha autoria que se tornou a lei 17.754, instituindo a Carteira de Identificação do Autista, que entre outros benefícios garante gratuidade no transporte e atendimento preferencial em serviços de saúde, assistência social e educação. Hoje já são mais de 31 mil beneficiários em Santa Catarina.

Em 2023, outra proposição se tornou a lei 18.686, que torna indeterminado o prazo de validade de laudos que comprovam o autismo e outras deficiências permanentes. E este ano também tornou-se a lei 19.160 a proposta que obriga salas de cinema do estado a oferecer sessões adaptadas para pessoas com hipersensibilidade sensorial, como autistas e portadores da Síndrome de Down.

Muito ainda precisa ser feito em favor do tratamento terapêutico de pessoas com autismo, para investir no seu potencial de habilidades e amenizar dificuldades decorrentes de sintomas deficitários. É preciso apoiar autistas e seus acompanhantes tanto em estruturas dos serviços públicos como em tarefas cotidianas.

Quanto mais pessoas autistas reconhecermos maior a chance de ajudá-las, acolhê-las e respeitá-las em suas singularidades. Há muito por ser feito, e uma imensa responsabilidade social.

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