Quando começou a praticar pilates há três meses, Dirceu Teixeira, 33, procurou a atividade porque havia lesionado a coluna surfando. “Soube por colegas que a prática fortalecia os músculos e as ligações, e deu certo. As dores aram”, disse o comerciante, que atualmente pratica o pilates pelo menos três vezes por semana.
Segundo a professora de educação física Carin Benvenutti, a situação de Dirceu é semelhante a de muitos outros interessados, que acabam praticando a atividade como complemento a outros exercícios físicos. “O pilates é um método de controle muscular que existe há quase cem anos. A técnica consiste em uma série específica de exercícios e é reconhecida para tratamento e prevenção de problemas na coluna vertebral”, explicou Carin, que é proprietária de um estúdio no Centro da cidade.
Maria Cristina Cruz, 55, migrou do pilates para o treino funcional há três anos e, desde então, não vive sem praticar a atividade. “Ele proporciona correção postural, fortalece os músculos e, é claro, modela o corpo. Para nós que já temos um pouco mais de idade, é essencial”, brincou a dona de casa.
Segundo especialistas, o treino funcional se diferencia do pilates por ser mais intenso e implicar em uma periodização dos exercícios. “É uma atividade de força e aeróbica, e não terapêutica como o pilates. Em vez de molas, utilizamos pesos, fitas, camas elásticas e escadas”, disse a professora Claudia Dri.
Mas o que leva as pessoas a saírem da comum academia e pagarem até R$ 400 para terem aulas semanais de pilates e treino funcional? O resultado efetivo. “Emagreci cinco quilos desde que voltei a praticar e hoje consigo reconhecer e sentir a maioria dos músculos do meu corpo”, concluiu a advogada Dulci Provenci, que pratica os dois tipos de exercícios.
Prática milenar diminui o estresse
De acordo com estudos históricos, a ioga existe há pelo menos 5.000 anos, e o pilates foi derivado da prática. “O criador Joseph Pilates tirou elementos da ioga, da dança e de artes marciais para criar a prática. Mas só tirou a parte física da ioga, porque o pilates não se baseia no corpo sutil dos praticantes”, explicou a mestre Andrea Porto Ferreira, que é dona de um espaço de ioga, no Centro de Florianópolis.
Diferentemente do pilates e do treino funcional, a ioga trabalha com exercícios físicos, mas também trata a espiritualidade com meditações e exercícios respiratórios. “A maioria dos praticantes levam como filosofia de vida. Os estudos explicam como conduzir a vida para que possamos evoluir espiritualmente. Faz com que haja equilíbrio dos chakrás, que são rodas de energia espalhadas por nosso corpo sutil”, explicou Andrea, graduada em educação física, com cursos de ioga nos Estados Unidos e Índia.
O analista de sistemas José Arthur Ribeiro garante que a ioga diminuiu o estresse em sua vida. “Vivia preocupado com o trabalho, hoje sei que certas coisas somos incapazes de mudar. E o interessante é que a prática não dissocia o físico da mente”, observou José, que faz a atividade três vezes por semana.
Modalidades para todas as idades
A ioga conta com mais de dez modalidades, todas adaptáveis para diferentes idades e biótipos corporais. “O bacana é que a prática é personalizada e as posições são adequadas às limitações corporais. A ioga não é limitante, conheço pessoas de 80 anos que praticam, assim como crianças”, disse o aposentado Enio Joel Piccinini, 64.
As diferentes modalidades também incluem a ioga hormonal, a ioga para gestantes e o hot yoga – aulas realizadas em temperaturas extremas, em torno dos 40°C.