Votação de texto sobre Coaf mobiliza governo q1u1b

Articulação prevê aprovação de emenda à medida provisória que reduziu número de ministérios no governo de Jair Bolsonaro

A articulação de senadores para reverter a decisão da Câmara de tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, colocou o Palácio do Planalto em alerta. A votação no Senado está marcada para a tarde desta terça-feira, 28.

Câmara prevê a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça, Sérgio Moro – José Cruz/Agência Brasil/NDCâmara prevê a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça, Sérgio Moro – José Cruz/Agência Brasil/ND

A articulação do grupo é capitaneada pelo próprio líder do PSL na Casa, Major Olimpio (SP), e prevê a aprovação de uma emenda à medida provisória que reduziu o número de ministérios no governo de Jair Bolsonaro.

Leia também: 23439

 

O Planalto, porém, defende a aprovação da MP no Senado do jeito que ela saiu da Câmara. O receio é que não haja tempo hábil, pois o prazo de validade da MP vence na próxima segunda-feira, (3), e qualquer alteração no texto obriga uma nova análise pela Câmara.

Nesta segunda-feira, 27, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, reiterou a posição de Bolsonaro de defender a manutenção do texto aprovado na Câmara.

“O entendimento é o de acelerar o processo de estruturação do governo”, disse. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, declarou que a intenção é votar o projeto como ele veio da Câmara, pois não haveria tempo para mudança. “O Coaf vai ficar onde está, mas vai ficar dentro do governo.”

Caso a MP caduque sem ser aprovada pelas duas Casas, o governo corre o risco de ter de voltar à configuração antiga da Esplanada dos Ministérios, com 29 pastas – atualmente são 22.

Olimpio, no entanto, afirma ter 30 dos 41 votos necessários para reverter a transferência. “O presidente já disse que, em último caso, abre mão (do Coaf com Moro). Ele pode abrir mão de um direito, eu não abro mão de uma obrigação”, disse.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), esteve nesta segunda-feira reunido no Planalto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), para discutir a estratégia de votação.

A avaliação é de que há votos suficientes para aprovar a MP do jeito que a Câmara votou. “Avança o entendimento do governo em apoiar o texto da Câmara”, disse Bezerra após o encontro.

Senadores que se declaram independentes já avisaram que também não vão seguir orientação do Planalto. “Nós queremos o Coaf no Ministério da Justiça para o governo combater a corrupção.

A população quer o Coaf no Ministério da Justiça para prender os ladrões, e este governo está se aliando aos ladrões”, disse Telmário Mota (RR), líder do Pros no Senado.

Na semana ada, a Câmara derrotou o governo e aprovou, por 228 a 210 votos, a transferência do Coaf para a Economia. Além disso, a Funai voltou à Justiça e o governo conseguiu que não fosse recriado novos ministérios. Se a medida ar sem alteração no Senado, ela vira lei e pode ser promulgada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de política na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Política 3t4x41

Política

‘Deus o livre’, diz prefeito de São Paulo sobre renovação da Enel na Câmara 3x4m28

Ricardo Nunes critica concessionária de energia em audiência pública; empresa defende investimentos ...

STF, emojis e ‘meu gato’: Bolsonaro troca juras de amor com Michelle durante interrogatório t4c6d

Ex-presidente mandou foto para Michelle e recebeu elogios durante audiência no STF nesta terça-feira ...

Política

Aprovação de Jorginho Mello chega a 77% entre catarinenses, mostra pesquisa 19g19

Levantamento foi realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 3 e 7 de junho de 2025