Terremoto no Chile provocou pequenos tremores em três municípios de Santa Catarina 6372g

Moradores da Grande Florianópolis relataram pequenos abalos

Entre as 20h e 21h20 de quarta-feira, quando o mundo recebia notícias sobre o terremoto do Chile que alcançou 8,4 graus na escala Richter, moradores de Santa Catarina realizaram chamados ao Corpo de Bombeiros informando que sentiram tremores em suas casas. Foram registradas duas ocorrências em Balneário Camboriu, uma em Itapema e outra em São José. As solicitações foram sequenciais neste período de pouco mais de uma hora. O chefe da comunicação dos bombeiros disse que as equipes se deslocaram até os locais solicitados, mas não houve registro de danos e quando chegaram não havia mais tremores.

Divulgação

No Chile, o tremor foi registrado entre às 21h de Brasília

A Defesa Civil estadual informou que não tem registro oficial do tremor. Os bombeiros disseram que não podem afirmar o que teria ocorrido e que os motivos podem ser diversos, mas o geólogo e professor do departamento de geociências da UFSC, Norberto Horn Filho, explica que apesar de ser atípico, é possível sentir os tremores. Eles são reflexos do que aconteceu no Chile, mesmo que as cidades estejam a milhares de quilômetros do país, porque o terremoto atingiu o sistema da América do Sul e Pacífico. “O terremoto foi forte em escala de magnitude, então esse efeito é normal, apesar de não ser comum, vem como uma onda”, diz ressaltando que para mais detalhes seria preciso fazer uma análise minuciosa, identificando exatamente o local e horário.

O especialista afirma que os abalos que resultam em terremotos podem ser classificados como micro, meso ou macro, de acordo com a intensidade. O pequeno é muito difícil de sentir, mas acontecem vários ao redor do planeta a todo o momento. O meso podemos sentir, mas o macro é que aparece com mais intensidade e a sensação vai depender da distância que se está do epicentro, foco do local onde é registrada a ocorrência.

Como foi no Chile, a onda sísmica chega muito mais fraca até Santa Catarina. “Quando teve o tsunami na Indonesia, por exemplo, as ondas viajaram em torno de todo planeta pelo oceano e quatro dias depois as ondas aumentaram aqui”, comentou.  

Como o Brasil está no meio da placa tectônica, os abalos sísmicos não são tão fortes e raramente sentidos aqui, mas pode ocorrer. O professor diz que é preciso ficar alerta e qualquer fenômeno da natureza deve ser levado em consideração, mas não acredita que tenha efeitos maiores aqui, que sejam motivo de preocupação: “Como a intensidade de 8,4 é bastante expressiva, acabou chegando aqui. É uma situação normal”.

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