Senado aprova MP do governo que reduz número de ministérios; Moro perde Coaf 2e3t19

Pedido do presidente Jair Bolsonaro para que mantivesse o texto da forma como foi aprovado na Câmara foi atendido e282s

O governo conseguiu nesta terça-feira (28), uma vitória no Senado e aprovou sem alterações a medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios. Senadores atenderam a um pedido do presidente Jair Bolsonaro, que, em carta, pediu que mantivessem o texto da forma como foi aprovado na Câmara e deixassem o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sob a alçada do Ministério da Economia.

Senado Nacional aprovou sem alterações a medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios – Fotos Públicas/Divulgação/NDSenado Nacional aprovou sem alterações a medida provisória que reduziu de 29 para 22 o número de ministérios – Fotos Públicas/Divulgação/ND

Parlamentares da base aliada aram boa parte da sessão justificando o voto que tirou o Coaf do ministro Sergio Moro. A defesa de que o órgão ficasse no Ministério da Justiça foi uma das pautas levadas às ruas por manifestantes nos atos a favor do governo no domingo ado.

Em carta, assinada em conjunto com Moro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente pediu que os parlamentares não tentassem alterar a MP, sob risco de ter que retornar a estrutura anterior da Esplanada dos Ministérios, com 29 pastas – atualmente são 22. O documento foi entregue pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – também signatário -, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante café da manhã no Palácio da Alvorada.

O pedido colocou em lados opostos o desejo inicial de Moro, de ficar com o comando do Coaf, e o interesse do governo em manter a estrutura com 22 pastas, independentemente em qual ministério estará o órgão de controle financeiro.

Antes de colocar o texto em votação, Alcolumbre tentou um acordo com líderes de partidos. Por mais de duas horas, a portas fechadas, apelou aos colegas para que não houvesse pedidos para que a questão do Coaf fosse votada nominalmente. Encontrou resistências.

Nem a carta de Bolsonaro nas mãos foi suficiente para o presidente do Senado demover os colegas. Quem acompanhou a discussão disse que os principais opositores ao acordo eram os senadores Álvaro Dias (Podemos-PR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que diziam querer ouvir as ruas antes de tomar qualquer decisão.

Coaf, que estava sob responsabilidade do Ministério da Justiça de Sergio Moro, ou para a pasta da economia – Marcelo Camargo/Agência BrasilCoaf, que estava sob responsabilidade do Ministério da Justiça de Sergio Moro, ou para a pasta da economia – Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Imagino as pessoas que foram às ruas indignadas com o acordo que o governo fez mesmo contra o interesse do ministro Sergio Moro”, afirmou Randolfe.

O PT, que estava disposto a fazer oposição, não demonstrou empecilho para o governo na reunião. “Ver Bolsonaro, Centrão e PT juntos não tem preço”, ironizou Randolfe.

Um dos principais defensores de devolver o Coaf ao ministro Sergio Moro, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio, recuou após o pedido do governo e ou a defender que os colegas atendessem a vontade de Bolsonaro. Pedia que valorizassem a carta assinada pelo presidente e pelos seus ministros e chegou a elogiar a oposição por votar com o governo.

Leia também: 23439

“Hoje, eu tive verdadeiras aulas de cidadania plena na reunião de líderes, onde pude testemunhar o líder Humberto Costa, do PT, na grandeza de dizer pelo País que ‘se nós quisermos, nós colocamos um kit obstrução e nós travamos o que pudermos, mas nós não estamos torcendo pelo quanto pior, melhor; nós estamos torcendo para que tenha um encaminhamento que possa ser melhor para o povo brasileiro'”, disse Olimpio.

O mesmo fez outros integrantes do PSL, como a senadora Soraya Thronicke (MS). “Bolsonaro nos garantiu que o Coaf vai para o Ministério da Economia com toda a estrutura montada pelo ministro Sergio Moro. Vai o batalhão, muda o comando, mas o presidente da República é o mesmo”, disse. “Vão-se os anéis e ficam os dedos”.

A preocupação dos senadores era com o próximo o de Bolsonaro caso o Senado fizesse um gesto em favor do governo e aprovasse o texto da Câmara.

“É preciso entender se o presidente vai realmente descer do palanque. Ele não precisa nesse momento de votos, mas de apoio político e saber dialogar com as pessoas certas”, disse Simone Tebet (MDB-MS). “Ele tem de somar uma base no Senado e na Câmara e essa base não precisa vir de Centrão nem de toma lá, dá cá. Tem muita gente nova (de primeiro mandato) nas duas Casas. Ele tem de por a equipe dele para fazer política”, afirmou a senadora.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de política na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Política 3t4x41

Política

VÍDEO: Homem saca arma e atira na cabeça de Uribe, pré-candidato a presidente da Colômbia 4b6270

Uribe foi baleado na cabeça e seu estado de saúde é "de máxima gravidade"; adolescente suspeito de c ...

Guerra em Israel

VÍDEO: Barco de Greta Thunberg e brasileiro Thiago Ávila é interceptado em Israel 563vx

Itamaraty pede libertação dos ativistas detidos por Israel ao tentar furar o bloqueio para levar aju ...

Paulo Cesar da Luz

Governo recua sobre IOF após reunião entre líderes políticos p1s27

A decisão sobre as alterações no IOF foi tomada na noite deste domingo depois de encontro entre Fern ...

Política

Viralizou! Prefeita que dançou forró de biquíni atinge 1 milhão de seguidores nas redes sociais r5n3i

A prefeita Patrícia Alencar (MDB-PA) chamou atenção com um vídeo dançando forró de biquíni no quarto ...

Política

E a vaquinha? Zambelli arrecadou R$ 285 mil antes de fugir, mas STF encontrou R$ 2 mil no banco 56635v

Fora do Brasil e com prisão definitiva decretada em desfavor da deputada licenciada, o nome de Zambe ...