O conceito de cidades inteligentes e sustentáveis a pela discussão sobre a desigualdade social e a pobreza. “É um problema crucial”, afirmou ontem o engenheiro civil e professor da USP Arlindo Philippi Jr em do Knowledge Cities World Summit, realizado no Cacupé, em Florianópolis.
Ele lembrou as manifestações do ano ado em Paris (França) e as atuais em Santiago (Chile) como movimentos que expõem o “sentimento de exclusão” de parte da população. Segundo ele, enquanto o cenário não mudar “teremos permanentemente bombas-relógios sob nossos pés”.

Com experiência acadêmica, ele também fez uma autocrítica sobre o papel das universidades brasileiras, “que precisam procurar de forma mais ativa os governos”. Para Philippi, nossas faculdades podem ajudar na “identificação dos problemas, na busca de soluções e na formação de pessoas capacitadas”. O professor também entende que “a sociedade deve ter maior protagonismo” na discussão dos temas.
O arquiteto Thomas Alvim, que também participou do sobre cidades inclusivas, reforçou o abismo social brasileiro – “17 cidades brasileiras estão entre as 50 mais violentas do mundo” – e defendeu “novos modelos de governança” e estratégicas emergenciais “para um país que está na UTI”.
O KCWS, promovido pela Fecomércio SC em parceria com o Sebrae SC, encerra nesta quinta-feira (7) com uma visita a centros de inovação de Florianópolis.