A Polícia Civil de Tijucas, na Grande Florianópolis, aguarda o laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) para dar continuidade ao inquérito que investiga a suspeita de estupro contra uma bebê de apenas quatro meses.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Freyesleben, somente com o documento é que a violência poderá ser confirmada. A expectativa é de que o laudo seja entregue nos próximos dias.
O caso foi registrado no último final de semana e divulgado na segunda-feira (29) pela Polícia Militar. O primo da bebê, um adolescente de 14 anos, é o principal suspeito do suposto crime.

Além do pai da criança, o adolescente foi ouvido na tarde dessa quarta-feira (31). No depoimento, o delegado relatou que o primo da vítima negou a versão levantada pela médica que atendeu o caso.
Segundo a versão do suspeito, a bebê já estava com uma ferida na região da genitália e, quando ou um lenço no local, o machucado se abriu e começou a sangrar.
“O adolescente foi ouvido na presença do Conselho Tutelar e negou o estupro. Agora, só o laudo pericial vai dizer se foi abuso”, disse.
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De acordo com a PM, os agentes foram acionados na noite de domingo por uma médica do hospital de Tijucas, após a bebê ter dado entrada na emergência com sangramento e sinais de estupro.
A criança foi encaminhada para Florianópolis e permanece internada em observação, mas deve ser liberada ainda nesta quinta-feira (1º).
No boletim de ocorrência, o pai contou que estava fazendo comida em casa e a ex-mulher tinha saído para ir à casa da mãe.
Ele, então, pediu para o primo trocar a fralda da menina. Segundo o pai, como o adolescente estava demorando muito para voltar, ele foi verificar o motivo e encontrou a menina chorando e com sangramento.
Estupro de vulnerável sk45
Caso o crime seja confirmado, a Polícia Civil irá responsabilizar o adolescente por meio de ato infracional análogo a estupro de vulnerável.
“[O MP] ficará encarregado de dar o prosseguimento ao procedimento que apura o ato infracional atribuído a ele”, afirmou Freyesleben.
O adolescente será encaminhado ao Ministério Público que poderá representar pela internação provisória ou por outra medida socioeducativa. Caso a medida mais pesada seja confirmada, o adolescente pode ficar internado por até 40 dias em um Casep (Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório) até que a Justiça dê o veredito.
Se a sentença confirme a internação, o garoto pode ficar até três anos internado em um Case (Centro de Atendimento Socioeducativo). A manutenção da internação é reavaliada a cada seis meses pela Vara da Infância e Juventude com base em relatórios do Dease (Departamento de istração Socioeducativa).