
O governo japonês anunciou que um terremoto causado por falha geológica desencadeou um tsunami no Japão maior do que era esperado, que poderá atingir Fukuoka, província do Japão.
Em alguns locais, espera-se que seja cerca de 2 metros mais alta do que o previsto anteriormente.
Tsunami no Japão: ondas podem ultraar previsões 141t5t
A prefeitura de Fukuoka realizou um levantamento de nove falhas ativas na área marítima e descobriu que a altura do tsunami prevista excederá as suposições anteriores.
Essas nove falhas foram encontradas na Ilha de Okinoshima, na cidade de Munakata, a cerca de 60 quilômetros do continente de Kyushu, ainda no Japão.
Conforme os estudos, caso um terremoto de intensidade sísmica máxima ocorrer na zona de falha da Ilha Orono, a altura do tsunami no Japão será de até 6,29 metros.
Os estudiosos também investigaram em outras regiões. Caso um terremoto ocorrer na falha de Nishiyama, uma zona de falha ativa distribuída das proximidades de Okinoshima até a cidade de Asakura, no sul de Fukuoka, a altura do tsunami foi prevista em até 4,30 metros.
Além disso, em áreas costeiras como as cidades de Fukuoka e Kitakyushu, a altura prevista é de 10 a 80 centímetros maior do que as estimativas anteriores. Com base nos resultados da pesquisa, a prefeitura planeja revisar suas estimativas de danos causados por terremotos e tsunamis no futuro.

O que dizem as autoridades sobre o tsunami no Japão 22zp
As autoridades de Fukuoka emitiram diversos alertas sobre os vários riscos, incluindo os relacionados a atividades sísmicas, tempestades e obras em andamento.
Vale destacar que o Japão é uma região conhecida pela ocorrência de terremotos e, por isso, as autoridades monitoram a atividade sísmica de perto. Além disso, a região é propensa a tempestades e tufões, que podem causar inundações e deslizamentos de terra.
Em novembro de 2016, uma cratera se formou na região de Fukuoka devido a obras de extensão do metrô, o que levou a preocupações com desabamentos de edifícios.
Quando foi o último tsunami no Japão 3o66b
No dia 11 de março de 2011, o Japão foi marcado pelo grande terremoto de magnitude 9, que deixou mais de 20 mil mortos e desaparecidos, além de desencadear o desastre nuclear de Fukushima.
O tsunami no Japão não apenas devastou cidades, ele provocou o maior desastre nuclear desde Chernobyl. Após o terremoto, a usina de Fukushima perdeu energia e teve os geradores inundados pelas ondas que superaram os muros de proteção.
Sem resfriamento, os reatores superaqueceram, causaram explosões e liberaram radiação. Mais de 160 mil pessoas foram evacuadas, e a área segue em descontaminação até hoje.
É importante lembrar que o governo japonês apontou que o número de mortos inclui pessoas que morreram em anos após o desastre, em consequência aos problemas de saúde ou causas relacionadas à calamidade.
Na época, centenas de pessoas foram obrigadas a deixar seus lares, e mais de 30 mil ainda se encontravam deslocadas até fevereiro de 2023.