STF retoma julgamento que pode mudar regras das redes sociais no Brasil; acompanhe ao vivo 701g3b

O julgamento que pode mudar o entendimento do Marco Civil da Internet quanto à responsabilidade das redes sociais foi retomado com o voto de Flávio Dino

O julgamento sobre a regulação das redes sociais foi retomado com o voto de Flávio Dino - Foto: Felipe Sampaio/STF/NDO julgamento sobre a regulação das redes sociais foi retomado com o voto de Flávio Dino – Foto: Felipe Sampaio/STF/ND

O STF (Supremo Tribunal Federal) retomou nesta quarta-feira (11), o julgamento que pode mudar o entendimento do Marco Civil da Internet quanto à responsabilidade das redes sociais por conteúdos publicados por seus usuários. A Corte analisa o tema por meio de dois recursos apresentados pelas empresas Meta e Google.

Segundo o Marco Civil, as plataformas por conteúdos de terceiros apenas no caso de descumprimento de ordem judicial. O STF definirá se a regra será flexibilizada, de forma que as redes possam sofrer sanções mesmo quando não houver ordem judicial para a remoção do conteúdo. Também está em discussão o tema dos perfis falsos e automatizados.

Já votaram os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, relatores dos recursos, Luís Roberto Barroso, presidente do STF, e André Mendonça. O julgamento foi retomado com o voto de Flávio Dino. Restam os votos de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Nunes Marques.

Acompanhe a votação sobre as redes sociais 541z3f

Como votaram os ministros sobre regulação das redes sociais 4d6514

O ministro do STF, Diaz Tofolli diz a atual redação do Marco Civil da Internet cria uma "imunidade" às empresas de tecnologia - Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil/NDO ministro do STF, Diaz Tofolli diz a atual redação do Marco Civil da Internet cria uma “imunidade” às empresas de tecnologia – Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil/ND

Toffoli entendeu que a atual redação do Marco Civil da Internet cria uma “imunidade” às empresas de tecnologia. Segundo o ministro, conteúdos de “práticas especialmente graves”, como tráfico de pessoas, racismo, terrorismo e estímulo ao suicídio e à violência, devem ser monitorados e proativamente suspensos pelas plataformas. Do contrário, as redes podem ser responsabilizadas. O relator incluiu crimes contra o Estado Democrático de Direito no rol das práticas “especialmente graves” a serem coibidas pelas redes.

Luiz Fux avaliou ser necessário um monitoramento ativo das redes sociais - Foto: Nelson Jr/SCO/STFLuiz Fux avaliou ser necessário um monitoramento ativo das redes sociais – Foto: Nelson Jr/SCO/STF

Fux também votou para ampliar a responsabilidade das redes. O ministro propôs uma inversão do Marco Civil. Dessa forma, as plataformas ariam a ser obrigadas a remover publicações e, se discordarem da remoção, poderão acionar a Justiça para reverter a decisão. Assim como Toffoli, Fux avaliou ser necessário um monitoramento ativo das redes sociais para conteúdos criminosos, como pedofilia, discurso de ódio e apologia à abolição do Estado de Direito.

Para Barroso, as plataformas devem agir de forma proativa na remoção de publicações com crimes graves, mas crimes contra a honra seguirão com necessidade de ordem judicial para a remoção. Mendonça votou contra a responsabilização das redes por conteúdos de terceiros. No voto, o ministro reconheceu que as plataformas devem monitorar conteúdos criminosos, mas avaliou que, nesses casos, é o usuário quem deve ser responsabilizado.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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