Santa Catarina registrou ao menos 21 denúncias de assédio eleitoral após o segundo turno das eleições, diz o MPT-SC (Ministério Público do Trabalho). Elas são relacionadas à coação aos trabalhadores para participarem de manifestações e fechamentos de rodovias no Estado. O Oeste lidera as ocorrências.

Até as 11h desta sexta-feira (11), o número total de denúncias é de 313 em 205 empresas (indústria e comércio), associações e federações de classe, e sindicatos patronais, segundo o MPT-SC.
O último dia em que houve bloqueios nas rodovias catarinenses foi na segunda-feira (7). Na ocasião, policiais foram agredidos com barras de ferro por alguns manifestantes que bloqueavam a BR-470, em Rio do Sul. No país, o total de manifestações desfeitas pelos agentes chegou a 1.023.
Atos são investigados em Florianópolis 2v2660
Os atos que ocorrem em frente ao 63º Batalhão de Infantaria do Exército, localizado no bairro Estreito, em Florianópolis, estão sob investigação da Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) pelo delegado Márcio Fortkamp, da Delegacia do Continente, responsável pelo caso.
Manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais ocupam a frente da base militar há pelo menos 10 dias. O grupo chegou a bloquear a rua General Eurico Gaspar Dutra, onde fica o batalhão, prejudicando o trânsito local.
A apuração dos atos foi requisitada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) à Polícia Civil na semana ada. O objetivo, segundo o delegado Fortkamp, é investigar por meio de um procedimento de termo circunstanciado as denúncias de perturbação do sossego que foram feitas ao órgão estadual.
“Várias pessoas procuraram o Ministério Público e noticiaram os incômodos causados pelas aglomerações em frente ao batalhão. Em decorrência disso, [o MP] determinou a apuração do fato, que vai iniciar com os depoimentos das pessoas que procuraram o Ministério Público”, explica Fortkamp.