
O primeiro militar desligado das Forças Armadas por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023 é Marco Antônio Braga Caldas, de 51 anos. Ele foi expulso da Marinha em Florianópolis após ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em março do ano ado.
O suboficial foi sentenciado a 14 anos de prisão e multa no valor de R$ 47.067, pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Ele foi expulso da Marinha por determinação do Conselho de Disciplina da instituição, órgão interno que avalia a conduta de militares da ativa e da reserva.
Família receberá salário de suboficial expulso da Marinha 162c4a
Marco Antônio Braga Caldas foi preso em flagrante durante a invasão à sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A prisão foi convertida em preventiva por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Ele cumpre a pena desde dezembro e está detido na EAMSC (Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina), no bairro Jardim Atlântico, em Florianópolis.
O militar expulso da Marinha tinha especialização em mergulho e entrou para a reserva em 2021. Segundo o Portal da Transparência, ele recebia salário bruto de R$ 13.139,97, sendo R$ 9.296,04 após deduções.

Braga Caldas ou a morar em Santa Catarina com a esposa após fazer carreira no Rio Grande do Sul. Com a expulsão, ele deixa de ser militar e perde a patente de suboficial.
A família, porém, continuará recebendo o salário conforme a situação de “morte ficta”, em que um militar ainda vivo é considerado morto para fins de pensão. Ou seja, os dependentes recebem os valores como se ele tivesse morrido.