O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), preso na 4ª fase da Operação Mensageiro, teve o habeas corpus para responder o processo em liberdade negado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O pedido foi indeferido pelo desembargador Jesuíno Rissato, relator do processo, nesta segunda-feira (22).

Na decisão, o relator do processo e desembargador convocado, Jesuíno Rissato, indeferiu liminarmente o pedido pois entendeu que ainda não há competência para o STJ analisar a questão trazida pela defesa.
A defesa alegou no pedido que a prisão preventiva de Adriano Poffo foi uma medida excessiva, apontando ainda a inexistência de indícios que conectem o prefeito aos agentes privados responsáveis pela entrega de valores do esquema deflagrado. Outro ponto argumentado pela defesa foi o pedido de afastamento de Adriano do cargo de prefeito de Ibirama, o que afirma que ele não tem intenção de prejudicar as investigações.
A defesa de Adriano Poffo ainda pontuou as condições pessoais favoráveis, como o fato de ser pai de uma bebê de um ano de idade, portadora de hipogamaglobulinemia (altamente suscetível a infecções generalizadas), e o quadro clínico de depressão pós-parto da sua esposa.
O advogado do prefeito, Bruno Dallabona, informou à reportagem do Portal ND+ que o relator do STJ entendeu que o habeas corpus deveria ter sido discutido previamente no TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) e por isso, o pedido não chegou a ser analisado pelo desembargador. “A defesa irá agravar [recorrer] da decisão e a discussão irá ao colegiado do STJ, para discussão do mérito, reafirmando a defesa que a manutenção da prisão é uma medida excessiva ao caso”, disse.
Adriano Poffo segue preso preventivamente no Presídio Masculino de Lages. Já o ex-secretário municipal de istração de Ibirama, Fábio Fusinato, que também foi preso na Operação Mensageiro, está à disposição da Justiça no Presídio Regional de Lages.
Operação Mensageiro 5jo59
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.
Segundo o MPSC um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos.
Esta é a 4ª fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e iva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.