O prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB), virou réu na Justiça em desdobramento da Operação Mensageiro nesta quinta-feira (27). A denúncia foi aceita pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina). Além disso, o pedido de revogação da prisão foi negado.

A defesa de Poffo diz, em nota, que tem plena convicção de sua inocência. O aceite da denúncia, segundo o advogado Bernardo Fenelon, é a “continuidade a uma grande injustiça que vem sendo cometida há quase 90 dias”.
“A denúncia está respaldada em uma suposição do Ministério Público que não se sustenta, até mesmo porque todos os delatores do Grupo Serrana são uníssonos em afirmar que o Prefeito Adriano Poffo jamais praticou qualquer ato ilícito”, afirma Fenelon. O prefeito irá recorrer da decisão.
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Poffo é suspeito de receber propina para favorecer a empresa de saneamento Serrana, atual Versa Engenharia, na prestação de serviços no município. O esquema aconteceu em várias cidades do Estado.
Ele foi preso na 4ª fase da Operação Mensageiro. Em 22 de maio, Poffo teve o pedido de habeas corpus para responder ao processo em liberdade negado. O pedido foi indeferido pelo desembargador Jesuíno Rissato, relator do processo, pois o magistrado entendeu que ainda não há competência para o STJ analisar a questão trazida pela defesa.
À época, a defesa alegou no pedido que a prisão preventiva de Adriano Poffo foi uma medida excessiva, apontando ainda a inexistência de indícios que conectem o prefeito aos agentes privados responsáveis pela entrega de valores do esquema deflagrado. Outro ponto argumentado pela defesa foi o pedido de afastamento de Adriano do cargo de prefeito de Ibirama, o que afirma que ele não tem intenção de prejudicar as investigações.
Entenda a Operação Mensageiro 5g5x1v
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.
Segundo o MPSC, um funcionário da empresa chamado de “mensageiro” na investigação era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.