‘Posseiro fantasma’ levou terras de R$ 300 milhões com aval de juiz afastado, revela MP 2m3h41

Desembargador João Ferreira Filho é investigado por envolvimento em esquema de venda de decisões judiciais em Mato Grosso; ele teria dado posse de terras a grupo criminoso fraudulento 1n950

visão aérea de Sinop (MT)Juiz afastado do Mato Grosso teria dado posse de terras a grupo criminoso fraudulento – Foto: Divulgação/SECOM-MT

Um juiz afastado é alvo de apuração por suposto favorecimento a uma organização criminosa responsável por tomar posse fraudulenta de uma área avaliada em mais de R$ 300 milhões, localizada em Sinop (MT).

A denúncia foi apresentada pelo MPMT (Ministério Público do Estado de Mato Grosso), que protocolou na terça-feira (3) um pedido de apuração no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O juiz afastado João Ferreira Filho, desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, já responde por outro processo por envolvimento em esquema de venda de decisões judiciais.

Ministério Público aponta ligação de juiz afastado com esquema de grilagem e identidade falsa 5m631r

A solicitação do MPMT se baseia em um documento que detalha um esquema de fraude com falsificação de documentos, usurpação de terras e atuação de associação criminosa.

Segundo a investigação, cerca de seis mil hectares foram transferidos irregularmente a um grupo criminoso com aval do juiz afastado, mesmo após o magistrado ter ciência de que os envolvidos utilizavam documentos e identidades falsas.

João Ferreira Filho, juiz afastado, de togaJoão Ferreira Filho é acusado de venda de sentenças – Foto: Divulgação

A organização teria criado uma identidade fictícia em nome de “Edison Martins Gomes” para simular a posse da área. Ainda segundo o MPMT, o grupo só conseguiu o domínio das terras, avaliadas em R$ 300 milhões, mediante pagamento ilícito, mesmo após o juiz afastado ser informado da fraude.

João Ferreira Filho foi afastado após a morte do advogado Roberto Zampieri, suposto integrante do grupo criminoso, assassinado em dezembro de 2023. A análise do celular da vítima revelou indícios de envolvimento de magistrados em venda de decisões judiciais.

sede do Conselho Nacional de JustiçaPedido de investigação está em posse do Conselho Nacional de Justiça – Foto: Lucas Castor/Agência CNJ/ND

O pedido de investigação protocolado no CNJ imputa ao juiz afastado crimes como falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, corrupção ativa e iva, estelionato judicial e associação criminosa.

A reportagem do NDMais entrou em contato com o TJMT (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso), buscando um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Participe do grupo e receba as principais notícias
na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Justiça 3kd3n

Justiça

O MP recomenda exoneração de três servidores públicos em cidade de SC 384s3i

Além do nepotismo, dois nomeados não atendem às exigências mínimas para exercer as funções em Pinhei ...

Justiça

Justiça barra plano da prefeitura e impede desapropriação de prédio onde funciona colégio em SC l4xd

Decisão judicial cita ilegalidade, desvio de finalidade e risco de fechamento da escola em Rio Negri ...

Justiça

Trio é condenado a mais de 50 anos por homicídio de tatuador em Araranguá  3c18v

Vítima foi morta com 47 facadas por vingança relacionada a uma dívida 

Justiça

Motta confirma perda do mandado da deputada Carla Zambelli: ‘É cumprimento da Justiça’ 3a3j18

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema ...

Ataques de 8 de janeiro

STF inicia interrogatórios do ‘núcleo 1’: veja quem são os réus e do que são acusados 164713

As audiências ocorrem presencialmente em Brasília, das 14h às 20h, com exceção do general Braga Nett ...