A denúncia de que a data de validade de 10 milhões de máscaras compradas pela prefeitura de Itajaí teria sido alterada, deve ser investigada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O PIC (Procedimento Investigatório Criminal), instaurado na última sexta-feira (6), deve apurar eventuais crimes licitatórios e/ou de corrupção praticados pelos envolvidos na compra das máscaras.

Na última sexta-feira (6), o MPSC foi até o almoxarifado onde ficam guardadas as caixas de máscaras para apurar essas questões se há, por exemplo, itens vencidos ou com a data de validade alterada. No entanto, a investigação ainda está em andamento e não há nenhuma conclusão.
A prefeitura de Itajaí comprou, em março deste ano, 10 milhões de máscaras descartáveis triplas, sendo 6.250.000 destinadas à secretaria de Educação e 3.750.000 para uso da secretaria de Saúde.
O material é distribuído em escolas e creches municipais, para pacientes e profissionais nas unidades de saúde, e em ações de prevenção e para o público da vacinação contra Covid-19.
As máscaras começaram a ser entregues pela empresa fornecedora em abril. Atualmente, o estoque está com cerca de 7,9 milhões de máscaras, segundo a prefeitura, dentro do prazo de validade.
Uma reunião com a empresa fornecedora foi agendada pela prefeitura para esclarecer as questões levantadas sobre data de fabricação e de validade dos produtos e adotar medidas, se necessário.
Nesta terça-feira (10), a secretaria de Saúde informou que, em análise aos estoques verificou que apenas um dos lotes de máscaras tinha alterações nas embalagens.
O fornecedor foi notificado e informou a prefeitura que houve o reaproveitamento das embalagens, e por isso foram coladas novas etiquetas de validade nas caixas.
Conforme a prefeitura, como não se trata de um produto perecível ou biodegradável, todos os itens estão dentro do prazo de validade. “No entanto, para que não haja dúvidas, a empresa vai substituir os produtos”, conclui a nota da prefeitura.
Em relação à investigação do MPSC, a prefeitura, até a tarde desta quarta-feira (11), ainda não havia sido notificada.