Acusado de matar a companheira Daniela Almeida Pereira, com quem morava há um ano e meio no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, José Odair Rold será julgado na próxima quarta-feira (20). O réu foi denunciado por feminicídio pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
O crime ocorreu na noite de 15 de abril de 2019, na residência do casal, em um sítio no Sul da Ilha. Em depoimento, Rold disse que, após dar socos no rosto da companheira, ela caiu no chão. Então, ele a agrediu com uma pedra, causando a morte de Daniela, na época com 36 anos.

Após o acusado confirmar a morte da mulher, ele abandonou o corpo no local do crime. No dia seguinte, decidiu atear fogo no cadáver e justificou tal ato como a ‘realização de um sonho da companheira’, que, segundo ele, queria ser cremada e ter suas cinzas espalhadas “na natureza”.

Por fim, o acusado enterrou os restos mortais carbonizados em um matagal próximo ao sítio.
O réu será julgado pelo Tribunal do Júri de Florianópolis, acusado por feminicídio, pois praticou o crime contra a companheira em razão da condição da vítima, relativa ao sexo feminino, e no contexto de violência doméstica. Além disso, será julgado também pelo crime de ocultação de cadáver.
Forças de seguranças montaram operação para encontrar Daniela 1t6m6o
José Odair Rold registrou o desaparecimento da companheira no dia da morte, 15 de abril de 2019. Durante as buscas e investigações, que contou com ajuda da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, o acusado confessou que matou Daniela e apontou onde o corpo estava enterrado.
Foi um cão de busca do Corpo de Bombeiros, na noite do dia 8 de maio de 2019, que indicou a localização de Daniela. O labrador Hunter seguiu os últimos rastros da vítima e conseguiu detectar os odores resultantes da decomposição do corpo.
O cão levou o tutor e cabo Ronaldo Wagner Fumagalli Silva até a área da Caieira da Barra do Sul, no Ribeirão da Ilha, onde estava a ossada.
