‘Tô vivo e matei 1’: empresário que matou homem com facada é absolvido, mas seguirá preso em SC 2t5150

Justiça entendeu que Arthur Filipovitch Ferreira agiu em legítima defesa ao matar Ricardo Beppler durante conflito familiar; entenda por que ele seguirá na prisão

Empresário que confessou assassinato foi absolvido por matar homem a facadasEmpresário que confessou assassinato foi absolvido por matar homem a facadas – Foto: Divulgação/ND

O empresário Arthur Filipovitch Ferreira, de 31 anos, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina por matar a facadas Ricardo Beppler. A decisão foi divulgada na segunda-feira (2). O incidente ocorreu em 6 de janeiro deste ano, em uma discussão familiar na casa de Ferreira, em Florianópolis, no bairro Rio Tavares.

Arthur, porém, seguirá preso preventivamente. No dia do conflito, ele também aplicou golpes de faca no cunhado, Rodrigo Bueno Coutinho Müller. O empresário vai ar por júri popular, que deve decidir se ele teve intenção na tentativa de assassinato.

Com base nos depoimentos de vizinhos, da vítima sobrevivente e do acusado, a Justiça entendeu que, no dia do ocorrido, Ricardo entrou no quarto do empresário com uma faca e uma corda, surpreendendo o empresário.

Eles entraram em conflito físico e, após alguns instantes, Rodrigo chegou ao local e viu Ricardo em cima de Arthur, em posição semelhante a de jiu-jítsu. Ambos trocaram golpes de faca, conforme apontou o laudo realizado.

A decisão do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) reconheceu que Arthur Ferreira agiu em legítima defesa ao matar Ricardo.

“Ricardo entrou no quarto munido de uma faca, surpreendeu o acusado em sua residência e local de descanso e, em um determinado momento, dominou o réu que. No entanto, Arthur teria conseguido se desvencilhar, desarmar Ricardo e, por fim, golpeá-lo, resultando na morte”, diz a decisão.

Além disso, Daniela, esposa de Ricardo, relatou que ele era bruto, explosivo e acreditava que “a coisa certa deveria ser feita”. Rodrigo contou que Ricardo teria chegado furioso ao local e corrido em direção ao quarto de Arthur.

“Entende-se que o acusado foi surpreendido por Ricardo, que estava em poder de uma arma branca e uma corda, e se defendeu, de forma proporcional, ao ter sua vida e integridade física ameaçadas”, argumenta o TJSC.

Empresário foi surpreendido pela ação de Ricardo, que entrou em seu quarto com uma faca e uma cordaEmpresário foi surpreendido pela ação de Ricardo, que entrou em seu quarto com uma faca e uma corda – Foto: Divulgação/ND

O motivo da desavença entre os dois seria a cobrança de investimentos financeiros mal sucedidos, que seriam promovidos pelo acusado. O empresário, inclusive, possui agens por estelionato.

Sobre o caso de estelionato, a reportagem do ND Mais entrou em contato com a advogada de Arthur, Larissa Krétzër, que preferiu não comentar acusações adas, pois assumiu a defesa do empresário apenas no caso ocorrido em janeiro deste ano. O espaço segue aberto para manifestações.

Tentativa de matar o cunhado será analisada pelo Tribunal do Júri 2u6t4w

Arthur Ferreira também é acusado de tentar matar Rodrigo. Após o conflito com Ricardo, ele aplicou diversos golpes de faca em seu cunhado, que suplicava pela vida, em posição de defesa. A existência ou não da intenção de matar será analisada pelo Tribunal do Júri.

“A vítima sobrevivente relatou que foi atacada pelo acusado mesmo depois de ter suplicado por sua vida, desviou de uma investida, mas foi acertada pela segunda, que, inclusive, resultou em perigo de vida”, consta na decisão.

Empresário que confessou assassinato nas redes sociais foi preso 233a69

Após o homicídio, Arthur fez publicações em suas redes sociais sobre o conflito com Ricardo. Em uma delas, ele solicita ajuda, com foto que mostra ferimentos causados pelo conflito. Em outra publicação, mostrando apenas metade de seu rosto, o empresário escreve: “To vivo e matei 1”.

Arthur confessou o assassinato em publicação nas redes sociais Arthur confessou o assassinato em publicação nas redes sociais – Foto: Divulgação/ND

Arthur foi preso em flagrante, sem apresentar resistência. Ele foi encaminhado para a Penitenciária de Florianópolis após o ocorrido.

Uma audiência de custódia no dia 7 de janeiro decidiu pela prisão preventiva, que vigora desde então. Na ocasião, Rodrigo não participou da sessão, pois estava internado devido a complicações no abdômen causadas pelas facadas.

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