A defesa de Rozalba Maria Grime, condenada pelo assassinato da professora Flávia Godinho, que estava grávida, para roubar o bebê, em Canelinha, na Grande Florianópolis, entrou com recursos pedindo anulação de parte da sentença, que condenou Rozalba a 57 anos de prisão.

Após mais de 15 horas de júri popular, Rozalba foi condenada por homicídio com cinco qualificadoras contra a mãe, além de homicídio qualificado tentado contra o bebê, na ocasião, com 36 semanas no ventre da mãe. Além disso, ela também deverá cumprir pena por mais quatro crimes relacionados aos dois homicídios.
> ‘Minha filha não tem noção do que fizeram’, diz viúvo de grávida assassinada em SC
A advogada de defesa, Bruno dos Anjos, pediu a anulação da condenação pelo crime de ocultação de cadáver, homicídio tentado contra o bebê e do feminicídio. O pedido foi enviado em março deste ano.
> Grávida de Canelinha: relembre crime que chocou o Brasil e o mundo
A defesa alega que Rozalba não tentou matar o bebê, pelo contrário, queria roubá-lo para criar como seu. Além disso, a advogada considera que não houve ocultação do corpo, pois Rozalba não tentou esconder o cadáver, e sim deixou no mesmo local onde fez o parto forçado.
Além disso, a argumentação é que não houve feminicídio, já que “Rozalba não cometeu tal delito em função de menosprezo à condição de gênero de Flávia, muito menos baseou-se em crime de ódio resultante de discriminação, opressão, desigualdade ou violência sistemática”, traz o recurso.