Ubiratan Luis Modrock foi condenado a 30 anos de prisão em júri popular, nesta terça-feira (30), pela morte da filha Evylin Vitoria Modrok, de apenas 5 anos. O pai confessou que matou a criança estrangulada em julho de 2021, em Guaramirim, no Norte de Santa Catarina.

Durante o júri, a mãe da criança, Franciele Beregula, contou que Ubiratan não aceitava a separação do casal. No início, ambos tinham o acordo de manter a guarda compartilhada, já que estavam em processo judicial. O ex-marido, porém, descumpriu os acordos.
“Quando chegava meu dia de pegar ela, não atendia o telefone. Começou a tentar me afastar da Evylin”, conta a mãe. A partir disso, a mulher entrou na luta para conseguir a guarda definitiva. Franciele também tinha pedido uma medida protetiva contra o homem após ele invadir a casa em que ela estava morando, mas depois pediu que a ação fosse retirada, porque a relação entre eles piorou e ela era impedida de ver a menina.
Em depoimento, o réu alegou não ar o sofrimento da menina com a separação dos pais. Após o julgamento que durou horas, o homem foi condenado a 30 anos de prisão em regime inicial fechado por homicídio praticado por motivo torpe, com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra descendente.
O dia anterior ao crime 3av3e
Os pedidos para que a mulher voltasse para o relacionamento eram constantes e ocorreram, inclusive, um dia antes do corpo de Evylin ser encontrado.
Em meio às lágrimas, a mãe conta que Ubiratan mandou mensagem por volta do meio-dia para comunicar que a pequena estaria doente. Em seguida, a mulher foi ver a filha. Na casa em que o casal morava, o pai pediu novamente para que Franciele voltasse com ele, mas ela negou. “ Eu disse ‘se eu voltar, a gente não vai ficar por muito tempo e vai ser pior pra ela’”, contou a mãe em depoimento.

Durante a noite, mais mensagens do ex-marido relatando que Evylin havia piorado e, novamente, a mãe foi até a casa para ver a filha e o homem pediu para voltar. Segundo a mãe, ele chegou a culpá-la pela filha estar doente. “Iria voltar no outro dia de manhã para ficar com ela, fazer almoço”, diz a mãe.
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A magistrada perguntou à mãe se o homem já havia demonstrado indícios de que seria capaz de praticar o crime. A mulher recordou que, dois meses antes, ao pegar Covid-19, o ex-marido disse “que eu tinha abandonado eles que era pra deixar eles morrerem em paz”, relembra a mãe. Ela então chamou a polícia, que não encontraram provas de crime.