Após ser adiado a pedido da defesa, o júri popular com Rozalba Maria Grime, acusada de matar uma jovem para roubar o bebê no município de Canelinha, com a intenção de criar como dela, será realizado na próxima quarta-feira (24). O crime ocorreu no dia 28 agosto de 2020.

A sessão do Tribunal do Júri está marcado para as 8 horas no plenário da Câmara de Vereadores de Tijucas. A entrada será controlada pela PM (Polícia Militar), com restrição ao público em atenção às normas de segurança sanitária de combate à Covid-19.
Além das pessoas envolvidas na realização do júri, apenas um pequeno grupo de familiares da ré e da vítima terá o ao plenário da Câmara. Devem ser ouvidas 16 testemunhas. O PJSC (Poder Judiciário de Santa Catarina) divulgará o resultado do julgamento.
O júri será presidido pelo juiz José Adilson Bittencourt Júnior, titular da Vara Criminal de Tijucas, com a atuação dos promotores de Justiça Alexandre Carrinho Muniz e Isabela Ramos Philippi, além da advogada Patricia Daniela Adriano como assistente de acusação. A defesa terá a atuação dos advogados Rodrigo Goulart e Bruna dos Anjos.
Presa preventivamente, a Rozalba foi pronunciada pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante dissimulação e para encobrir outro crime. Também pelo crime de tentativa de homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa (em relação ao bebê). Ela responderá, ainda, pelos crimes de ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual.
Relembre o caso 5kmc
No dia 28 de agosto de 2020, Rozalba Maria Grime teria matado uma jovem grávida em uma tentativa de roubar o bebê. A mãe morta foi encontrada dentro de uma cerâmica abandonada com o ventre cortado e sem a filha que gestava há oito meses.

Rozalba foi presa quando foi ao hospital, já que a criança foi ferida durante o parto forçado. Ela e o marido chegaram a ser presos. A polícia, no entanto, afirmou, após as investigações, que ele não sabia dos planos da companheira. Rozalba está presa na Grande Florianópolis.
Para Bruna dos Anjos, advogada de defesa, não se questiona a autoria ou a materialidade do crime. Ela afirma que, o que se busca, é uma interdisciplinaridade, entre e a criminologia e a preservação da saúde mental de Rozalba.