Um episódio ocorrido durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, continua a repercutir e agora com uma penalidade severa. O judoca argelino Fethi Nourine e seu técnico foram suspensos pela Federação Internacional de Judô (IJF) por 10 anos por se retirarem da Olimpíada quando a chave da competição colocou o judoca a caminho de uma luta contra um atleta israelense.

O lutador de 30 anos deveria enfrentar o sudanês Mohamed Abdalrasool na primeira luta na categoria até 73 quilos, e uma vitória o faria enfrentar o israelense Tohar Butbul na rodada seguinte.
No entanto, Nourine disse que seu apoio político à causa palestina tornou impossível a ele competir com Butbul. O Comitê Olímpico Argelino retirou as credenciais do judoca e de seu técnico, Amar Benikhlef, e os mandou de volta para casa.
A IJF, que suspendeu ambos temporariamente, disse que os dois usaram os Jogos “como uma plataforma de protesto e promoção de propaganda política e religiosa”, o que violou seu código de ética e a Carta Olímpica.
Eles estão banidos de todos os eventos e atividades da IJF até 23 de julho de 2031, mas podem apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS), disse o comunicado da entidade.
Esta não foi a primeira vez em que Nourine se retirou de uma competição para evitar enfrentar um oponente israelense (ele abandonou o Mundial de 2019 em Tóquio pela mesma razão).
As tensões do conflito entre israelenses e palestinos voltaram à tona este ano, quando confrontos na Jerusalém em disputa desencadearam combates através da fronteira.
* Com informações são da Agência Brasil