Um relatório divulgado pela Tokyo Electric Power Company, operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, mostrou que os elementos radioativos presentes em peixes capturados no porto do local, excedem os níveis de segurança indicados para consumo humano.
O teor de Césio-137, comum em reatores nucleares, é 180 vezes maior do que o limite máximo permitido pela lei de segurança alimentar japonesa. O elemento é também um dos maiores responsáveis pela toxicidade de Chernobyl.

Dados do relatório disponível no site da TEPCO apontam que peixes da espécie Sebastes melanops, popularmente conhecidos como “black rockfish”, apresentam Césio-137 com um teor de 18.000 becquerels – unidade de medida da radiação nos materiais – por quilograma.
O valor fixado na província de Fukushima limita o teor em 100 becquerels por quilograma (Bq/kg) para alimentos em geral – categoria que contém alimentos como peixe, ovos e carnes.
Relembre o acidente radioativo 6c2742
Em 2011, a cidade de Fukushima foi atingida por um terremoto de magnitude 9. O tremor, seguido de outros vários menores e um tsunami, destruiu os sistemas de resfriamento da usina, o que ocasionou o derretimento dos reatores.
O desastre liberou grandes quantidades de radiação no ambiente e na água do mar.
Como ação para reduzir os danos, o governo do Japão e a Agência Internacional de Energia Atômica dizem que a água contaminada será liberada lentamente no oceano após ser altamente diluída, plano que já está em ação.