Quando foi a última vez que você deu ou recebeu um ghosting? Estranhou a palavra? Então vamos trazê-la para o português. A expressão se baseia na palavra em inglês ghost, que significa fantasma, e nomeia o comportamento do parceiro que simplesmente some sem dar qualquer justificativa, fazendo com que um relacionamento afetivo ou sexual acabe abruptamente.
Psicólogos apontam que a prática de ghosting cresceu nos períodos durante e pós-pandemia. Segundo uma pesquisa coordenada pela professora de Psicologia dominicana Royette T. Dubar, as pessoas que relatam dar e receber ghosting têm, em sua maioria, entre 18 e 29 anos.

Os motivos, segundo os profissionais de saúde envolvidos no estudo, estão interligados: falta de estrutura emocional e psicológica e de habilidades sociais.
“A internet oferece um volume gigantesco de conexões, porém rasas, nas quais as pessoas não querem se aprofundar muito ou não estão satisfeitas, ou interessadas. Então, elas optam por simplesmente parar, sumir sem maiores explicações. Isso se tornou muito comum”, explica a psicóloga Daniela Nunes.

Os relatos de ghosting aparecem de diversas formas e nomes, com expressões do tipo: “mandei mensagem e não me respondeu”, “tá me mandando mensagem, mas eu não estou mais afim de conversar”, ou seja, o fantasma vem mascarado de diversas formas.
“Relatos como esses tiveram uma crescente no processo da pandemia, quando o contato físico se tornou mais isolado e as pessoas foram muito para a internet”, salienta Daniela.
O que faz as pessoas darem ghosting? 2y3m2p
Para Daniela, o motivo pelo qual as pessoas dão ghosting é, sem dúvidas, a falta de estrutura emocional e psicológica e de habilidades sociais. “Estes são pontos necessários para que qualquer ser humano se torne uma pessoa que tem posicionamento e é ativo diante da vida, que acontece diante de inúmeros movimentos, várias situações positivas ou não, e que nos cobra constantes relações. Estamos o tempo todo nos relacionando”, destaca.
Portanto, quando não temos estrutura suficiente para bancar, se posicionar e até finalizar algo de forma clara, o peso recai sobre ambas as partes, o que abala a estrutura emocional dos envolvidos no que diz respeito a autoconhecimento, autoestima, autoconfiança e ausência de uma comunicação assertiva.
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Para Daniela, essa falta de estrutura emocional faz com que cada vez mais as pessoas evitem se posicionar. “Consequentemente, quando a pessoa evita se posicionar, evita se expor e também não precisa assumir a auto responsabilidade e as consequências por nossas decisões”, enfatiza a psicóloga.
Daniela explica que a teoria do apego mostra o perfil das pessoas que dão e das que recebem ghosting. Para ela, a teoria mostra os tipos de apegos e as formas como nos relacionamos com o amor.
“Uma pessoa que dá ghosting, por exemplo, há grandes chances de que ela tenha um tipo de apego evitativo, em que evita uma proximidade maior e precisa de mais espaço. Então ela some”, destaca.
“Já as que geralmente recebem ghosting têm o apego ansioso, que se questiona muito: ‘Ele não vai me responder? Ela sumiu? Será que é algo comigo"});// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.removeEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);}document.addEventListener('click', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('touchstart', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('mousemove', loadTaboolaConfig);document.addEventListener('keydown', loadTaboolaConfig);});