
Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (22) na sede da Amfri (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí), a Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú mostrou o interesse da cidade em sediar uma maternidade humanizada que, a princípio, foi cotada para ser construída em Itajaí.
O projeto advém de recursos do Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), na área da Saúde, e a cidade de Itajaí havia sido a única cidade catarinense selecionada para sediar uma das 36 maternidades presentes no plano no governo federal.
Ime colocou em dúvida obra do PAC em Itajaí t2p6a
Porém, na última semana, um imbróglio colocou em dúvida a construção do equipamento no município. Isto porque a prefeitura alega não ter condições de arcar com os custos mensais do local. No total, o valor estimado por mês para manter a maternidade é de R$ 12 milhões.
Em contrapartida, o governo federal se comprometeu a rear cerca de R$ 1 milhão por mês. O Município de Itajaí chegou a se manifestar por meio de nota, confirmando que o contrato ainda não havia sido assinado por esse motivo.

“A Secretaria Municipal de Saúde estuda e articula parcerias com outros municípios da região e Estado de Santa Catarina para um acordo de pactuação dos custos com a maternidade, que atenderia não apenas moradores de Itajaí, mas também das cidades vizinhas”, esclarece.
Projeto transferido para Balneário Camboriú? 342b15
Ao ND Mais, Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú confirmou que manifestou interesse em assumir o projeto, caso haja viabilidade e o apoio do Governo do Estado e da Regional de Saúde, demonstrando a intenção de transferi-lo para o município.

A proposta foi feita aos prefeitos e demais secretários municipais de Saúde da Amfri oficialmente na reunião desta terça-feira pela titular da pasta, Aline Leal. A proposta voltará a ser analisada na sexta-feira (25), durante mais uma reunião.
A intenção seria construir a unidade anexa ao Hospital Municipal Ruth Cardoso. “Já temos uma maternidade no HMRC e uma equipe que já faz estes trabalhos. Então, com a construção da nova maternidade teríamos que apenas ampliar esta equipe”, defende a secretária.
“Itajaí não precisa de mais uma maternidade”, disse vice-prefeito y3i4g
Na última semana, o assunto foi marcado por declarações na internet e troca de farpas entre o vice-prefeito de Itajaí, Rubens Angioletti (PL) e o vereador da cidade Bruno Alfredo Laureano (MDB), o Bruno da Saúde.
Nas redes sociais, Angioletti afirmou que a cidade não precisa de mais uma maternidade. “Então a gente está tentando realocar esses recursos para uma UPA 24 horas na região do Santa Regina”, declarou.
Vice-prefeito de Itajaí afirmou que a cidade não precisa de uma maternidade humanizada – Vídeo: Reprodução/Internet
Nesta terça-feira (15), o vereador Bruno questionou a postura do vice-prefeito frente aos recursos do governo Federal, durante sessão da Câmara de Vereadores.
“Ele mesmo aparece em um vídeo afirmando que Itajaí não precisa de uma maternidade. Parece até que desconhece a realidade da cidade, do Hospital Marieta e das dificuldades enfrentadas pelas mulheres aqui”, afirmou Bruno.
Bruno da Saúde questiona postura do governo municipal diante do projeto em Itajaí – Vídeo: TV Câmera/Reprodução
“Infelizmente, ele vai para a internet atrás de curtidas e esquece um pouquinho de fazer mais pela cidade. O vice-prefeito tá esquecendo que já foi eleito, que a campanha terminou e é hora de trabalhar, é hora de mostrar resultado”, completou.