A cidade é a terceira capital brasileira com maior percentual de diagnóstico de depressão entre os adultos – Foto: DivulgaçãoCom o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,847, o mais alto entre as capitais brasileiras, Florianópolis é uma das melhores cidades do país para se criar os filhos, pela alta qualidade de vida e bons índices educacionais de saúde e segurança, segundo estudo da Delta Economics & Finance.
No entanto, assim como visto em locais com alto IDH, há uma forte demanda por serviços de saúde mental. A cidade é a terceira capital brasileira com maior percentual de diagnóstico de depressão entre os adultos, apontam dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, atrás apenas de Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG).
Com forte investimento na assistência à atenção básica e demais demandas da área pelo SUS (Sistema Único de Saúde), inclusive no atendimento à saúde mental, a capital catarinense tem conseguido identificar esses casos.
Para reforçar a atenção em saúde mental na cidade, Florianópolis vai criar um Centro de Atenção Psicossocial com atendimento 24 horas, sendo a quarta cidade do Brasil a ter esse serviço.
O serviço terá atendimento a urgências e leitos de retaguarda para acolhimento dos usuários atendidos.
De acordo com a Secretaria de Saúde, assim que as obras forem concluídas e as equipes contratadas, o local vai começar a atender a população. No momento, estão em andamento os projetos de adequação das obras às exigências do Corpo de Bombeiros de SC. A previsão do órgão é que após essa autorização, as obras terminem no prazo entre 90 a 120 dias.
O investimento para as obras de adaptação do local é de R$ 500 mil e, inicialmente, para a manutenção desse serviço, serão destinados outros R$ 500 mil.
Importância da assistência rápida e eficiente 6g4825
Hoje, na Rede de Saúde do Município de Florianópolis, o o da população aos cuidados em saúde ocorre essencialmente via APS (Atenção Primária à Saúde) por meio dos Centros de Saúde e equipes de saúde da família distribuídas nos quatro distritos sanitários (Norte, Sul, Centro e Continente) do município.
Para as questões referentes à saúde mental, essas equipes contam com o e técnico multiprofissional (psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, Ed Físico e fisioterapeuta), além disso, a rede de atenção conta com equipes especializadas nas policlínicas municipais ( psiquiatra, psicólogo e assistente social).
O prefeito Topázio Neto destaca a importância da assistência nestes casos. “A pandemia trouxe muito forte essa necessidade de atenção integral à saúde mental. O CAPS 24h era um desejo da nossa istração que agora vai se materializar e trazer benefícios a toda população que precisa destes serviços”, diz o prefeito.
Ele antecipa ainda que vai buscar o credenciamento do serviço junto ao Ministério da Saúde.
O investimento para as obras de adaptação do local é de R$ 500 mil – Foto: DivulgaçãoFlorianópolis inova ao implantar a unidade h5l1z
Talita Rosinski acrescenta que a implantação do Caps 24h é uma inovação e uma profunda necessidade da população, que precisa de e para cuidados de saúde mental e atenção psicossocial. “Florianópolis sai na frente ao trazer a proposta de um CAPS desse porte que traz, além dos dispositivos de cuidado previstos nas unidades que já possuímos, a possibilidade para o abrigamento noturno gerando um cuidado mais humanizado”, explica.
Outro destaque, de acordo com ela, é o atendimento especializado para situações de crise e urgencia emergências , que funcionará 24h. “Essa atenderá todas as faixa-etárias. Atualmente, o único local que realiza esse atendimento é o Instituto de Psiquiatria, que fica a mais de 20 km de Florianópolis. Dependendo da região que o usuário reside, atualmente, pode ter de se deslocar até 50 km para ter esse atendimento”, ressalta.
Talita conta que o município de Florianópolis vem trabalhando muito na implantação de dispositivos que ampliam a capacidade da sua rede de atenção psicossocial. Em 2021 foram abertas as equipes multiprofissionais de atendimento na atenção especializada (compostas por psiquiatra, assistente social e psicólogo), que atuam nas policlínicas municipais.
Também foi implementada a residência médica de psiquiatria da Secretaria de Saúde, o que já reduziu o tempo de espera para atendimento com essa especialidade. “A ampliação dos serviços de CAPS IV é uma terceira ação para melhoria da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e visa o cuidado integral ao usuário no município”, diz a diretora.
Equipes multiprofissionais 5p1i35
Conforme dados do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Santa Catarina, as emergências psiquiátricas são o terceiro motivo mais frequente de atendimento desse serviço. Um estudo de 2017 identificou que 10% do total de 17.922 chamados foram de pacientes com agravos de saúde mental. Destes, 65% eram de surtos psicóticos e 31,7% envolviam crises por uso abusivo de substâncias. Os dias e horário de maior acionamento são sábados e o período, noturno.
A diretora de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, Talita Rosinski, lembra que cuidar de saúde mental requer uma rede de serviços organizada para todos os níveis de cuidado (casos leves, moderados e graves). “Além dos aspectos biológicos das doenças, os determinantes sociais precisam ser igualmente avaliados e cuidados, por isso os principais investimentos têm sido em estruturas que atuam com equipes multiprofissional para que o olhar vá além dos aspectos biológicos. A articulação da saúde com a assistência social também é um grande o para que a atenção psicossocial seja olhada mais amplamente no território do município”, finaliza.
Conforme determina a Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de 2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que a produção deste conteúdo não teve custo, e sua veiculação custou R$2.000,00 reais neste portal
