O Contorno Viário da Grande Florianópolis tem um novo prazo para ser entregue: julho de 2024. A projeção foi dada pela Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pela obra, à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Depois da confirmação de mais um adiamento da entrega da obra, que deveria ter sido concluída em 2012, a agência reguladora realizou uma vistoria pelos trabalhos ao longo desta sexta-feira (20), a fim de vistoriar o andamento da obra e o quanto evoluiu, ou não, desde a última visita do órgão.
Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT – Vídeo: Luan Vosnhak/NDTV
O senador Esperidião Amin (PP), que tem sido um guardião do tema ao longo dos anos, também acompanhou a visitação. Para o parlamentar, foi mais um “fracasso” da Arteris como concessionária e tratou como um “deboche” da empresa o fato de não conseguir entregar em mais uma oportunidade.
“Temos um recomeço, mas qual a intensidade desse recomeço? É para valer? Quantas pessoas estão trabalhando? Confiança não existe mais, portanto, precisamos ter garantias”, protestou Amin.
Pivô do atraso s605o
A Arteris, oficialmente, não se posicionou e sequer autorizou a presença da imprensa na visita oficial às obras. A reportagem apurou que a concessionária itiu que a paralisação dos trabalhos, durante junho/julho/agosto foi determinante para o mais novo atraso da obra.
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Apesar de somar mais de R$ 500 milhões em multas da ANTT ao longo do período de concessão, a Arteris Litoral Sul está sob a guilhotina de um novo prazo: fevereiro de 2024, segundo o último contrato firmado entre a agência e empresa. O valor da multa, no entanto, não foi revelado.
Contorno Viário 6d6l3c
Reverenciado como a principal obra de infraestrutura rodoviária do Brasil atualmente, o Contorno Viário da Grande Florianópolis contrasta um projeto audacioso de melhoria de mobilidade, com uma realidade que escala o prejuízo em diferentes degraus, virando mais um case nacional de descaso e atraso.
O Contorno Viário consiste em um corredor expresso de velocidade operacional de até 100 km/h, que atravessa por quatro municípios e visa desafogar, sobretudo, o tráfego mais pesado da insolúvel BR-101.
Orçada inicialmente em R$ 400 milhões, a obra da região vai custar, pelo menos, R$ 3,9 bilhões até a entrega — uma alta de aproximadamente 875%.