O Brasil estreou neste domingo (25) na ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e há muito o que comemorar. Duas atletas representantes do País conseguiram excelentes resultados: Rebeca Andrade garantiu três finais na modalidade, com boas chances de medalha, e Flávia Andrade garantiu vaga na final da trave.
No somatório geral de sua apresentação, em quatro aparelhos, Rebeca Andrade conseguiu a segunda melhor pontuação da classificação no individual geral, ficando atrás apenas da norte-americana Simone Biles, cinco vezes medalhista olímpica e grande nome da modalidade na Olimpíada de Tóquio.

Rebeca somou 57,399 pontos, em segundo lugar, enquanto Biles fez 57,731.
Solo e salto 4i286o
A paulista de 22 anos, além do grande feito no somatório geral, conseguiu avançar às finais em outros dois aparelhos: solo e salto.

No solo, ao som do funk Baile de Favela, de MC João, Rebeca conseguiu 14.066 pontos — a quarta melhor — com uma apresentação firme e bastante desenvolta. Desde Daiane dos Santos, em Pequim 2008, uma ginasta brasileira não chegava à final do solo. No salto, Rebeca também mostrou firmeza e, sem titubear na finalização, conseguiu a terceira melhor nota da prova, com 15,400, também garantindo-se na final.
“A gente treina bastante para dar o nosso melhor. Na pandemia foi muito complicado, ficamos paradas um tempo. Mas é uma alegria enorme. Tenho aí algumas finais, estou bem feliz, mas é um dia após o outro”, disse Rebeca após as atuações que levaram à vice-liderança no ranking geral.
Vaga na final da trave 4m5t3e
A outra brasileira que disputou a rotação da ginástica artística feminina, neste domingo, foi Flávia Andrade, que garantiu vaga na final da trave. A carioca de 21 anos manteve o equilíbrio e fez a quinta melhor apresentação, na avaliação do júri, com 13,966 pontos.

No entanto, há preocupação para o restante da participação da jovem ginasta na Olimpíada de Tóquio por conta de uma lesão no tornozelo quando fez sua apresentação no solo. Ela chegou a cair depois de uma aterrissagem, sentiu o tornozelo e saiu mancando, com uma pontuação final de 12,066. Após a atuação, saiu do tablado chorando.
“Um pouco chateada, mas estar em uma final olímpica é muito importante”, disse Flávia Andrade, que terá a chance de disputar o pódio na trave.
Segunda participação 514h3a
Tanto Rebeca quanto Flávia fizeram suas primeiras participações nos Jogos Olímpicos na edição do Rio de Janeiro, em 2016. Na época, ambas, com 17 e 16 anos respectivamente, foram para as finais, mas sem classificação suficiente para subir ao pódio.
Agora, o Brasil tem quatro chances na ginástica artística feminina e a disputa das finais individuais estão marcadas para começar daqui a uma semana, no dia 1.º de agosto.