Uma preocupação comum para todos os pais é a saúde dos filhos. E a pergunta que nunca cala é: será que eles estão comendo direito? O chef catarinense Saimon Novack encontrou uma forma de fazer isso acontecer sem precisar apelar para um milagre.
Apaixonado por gastronomia, em casa ele transfere seus conhecimentos e sua paixão pela cozinha para as duas filhas, Alana e Alicia Novack, de 3 e 10 anos.

Saimon garante que levar as meninas para a cozinha e preparar refeições para a família serve como estímulo para que elas provem os ingredientes, facilitando a aceitação de todo tipo de alimento.
“Mesmo que elas não gostem, precisam provar antes de colocar na a. Isso quebra um pouco o preconceito com certos alimentos”, explica o chef.
Para Patricia Acyoli, coordenadora do curso de nutrição da Estácio – São José, a estratégia utilizada por Saimon é muito válida, porque transforma o alimento em algo divertido e lúdico, facilitando a apresentação e experimentação de novos sabores.
“Até os 10 anos a criança dá muito valor ao que ela faz, e preparar os alimentos é uma forma de dar valor a eles”, diz.
Cozinha como local de diversão
A nutricionista explica que incluir as crianças na rotina de preparação das refeições ajuda a fortalecer a relação entre os familiares, tornando a cozinha um local de diversão e confiança para que os pequenos se sintam seguros para provar novos sabores.
“Oferecer frutas e hortaliças já prontas diminui o valor delas, é um consumo forçado, o que aumenta a rejeição”.
Patricia ressalta também que o sistema imunológico é construído ao longo da vida, o que aumenta a importância de se ter uma alimentação equilibrada desde os primeiros anos, dando mais peso para o papel dos pais nesta fase da vida.
Mas além de estimular, os pais precisam ser exemplo, já que, de acordo com a especialista, família é a primeira escola para tudo, inclusive para nutrição.