Apesar da vitória, o técnico Vagner Mancini não ficou satisfeito com a atuação do Tricolor na vitória por 2 a 0 sobre o Guarany de Bagé. “O Grêmio tem que ser um time leve com a bola.”

“O jogo ainda faz parte da pré-temporada, mas não fiquei satisfeito. Em algumas coisas evoluímos, em outras estamos estagnados. A verdade é que o time não teve um desempenho que todos nós esperávamos”, afirmou.
Mancini reclamou da postura do time e da falta de objetividade, principalmente em cobranças de falta na intermediária: “O time estava lento, e precisávamos acelerar o jogo, eu pedi isso. E os jogadores sabem que eu não gosto que joguem a bola para trás. Foram seis ou sete faltas no meio campo, que tocaram para trás.”
“Se recuo a bola, eu estou convidando o adversário a subir a marcação. Da mesma forma, às vezes os es não eram para a frente, eram laterais, e aí o Guarany neutralizava os alas.
São erros que me irritam profundamente. O que mata uma retranca é velocidade na bola. Ou agride sendo vertical ou roda em velocidade”, reclamou o comandante.
CAMPAZ E BENÍTEZ
O treinador também falou sobre a troca de Campaz por Benítez, e a situação do colombiano após a saída de campo. “Foi um lance de pancada, é difícil de falar sem ter a informação”, ressaltou, complementando esperar que não seja nada de mais grave.
Segundo ele, o lado bom da troca é que a entrada do argentino deu mais leveza ao time. “A ideia era voltar do intervalo com o Benítez como segundo homem do meio de campo.”
Para Mancini, os jogadores têm características diferentes. “O Campaz é mais força, mais profundidade, e o Benítez busca o jogo, tem um trato muito bom com a bola e faz o time andar. Eles atuam, até taticamente, de maneira diferente.”
Essas qualidades os permitiriam, inclusive, jogar juntos. “Buscamos o Benítez para ter mais variedade. Acho que eles podem jogar no 4-4-2 com o Campaz em um dos lados, mais fechado, ou entrar outro meia mais leve”, sugeriu o treinador.
THIAGO SANTOS E LUCAS SILVA
Criticados pela falta de agressividade em vários momentos da partida, a dupla de volantes Thiago Santos e Lucas Silva também foram tema de Mancini. “No final de 2021 eles tinham velocidade e eram responsáveis pela velocidade do jogo. É certo que quem dá velocidade são os volantes”, salientou.
“A partir do momento que a gente vê um jogo amarrado, eu também acho que foi em função da bola para trás. Tem que arriscar. Não dá para enfrentar os adversários sempre eles tendo que propor. Ambos têm muito o que evoluir. Não sei se a dificuldade dos volantes é só o fato físico, mas leitura de jogo.”
VILLASANTI E FERNANDO HENRIQUE
Mancini também creditou à entrada de Fernando Henrique e Villasanti o fato de o jogo ter ficado mais leve na parte final. O treinador destacou que a troca possibilitou o e vertical que resultou no gol de Diego Souza, no segundo tempo. “Depois do segundo gol, até porque o Guarany teve que subir, o time se soltou mais.”
JOGO COM O AIMORÉ
Por fim, Mancini disse que a partida contra o Aimoré, na próxima quarta-feira, deverá ser com um time B, mesclando jovens e reservas, que também precisam ganhar ritmo de jogo. “No final de semana, volta o time A. E não há dúvida de que tem de haver uma evolução, um time leve.”