A Polícia Civil, sob os cuidados do delegado Paulo Augusto Hakim, deverá avançar na investigação que apura a invasão do estádio Orlando Scarpelli, no último sábado. O delegado deverá ouvir mais integrantes da delegação que retorna do Mato Grosso, ao longo desta quarta-feira (9).

Depois de repercutir mundialmente, o “cerco” começa a fechar sobre as quase 40 pessoas que invadiram o treinamento do estádio Orlando Scarpelli, agrediram e ameaçaram jogadores e funcionários alvinegros.
O técnico Elano Blumer, que não quis se manifestar sobre o episódio no final de semana, falou em duas oportunidades sobre “pessoas portando arma de fogo”.
Antes da bola rolar entre Cuiabá e Figueirense, que empataram em 0 a 0 na partida da noite desta terça-feira (8), Elano reiterou a informação de pessoas armadas e ainda revelou que atletas estão sendo “ameaçados” por bandidos.
Ao ser questionado em sua entrevista coletiva, após o duelo, Elano não deu muita atenção ao tema, pediu apoio dos “verdadeiros torcedores” e disse que as ameaças estão nas “redes sociais”.
“É só você olhar as redes sociais para ver que os jogadores estão sendo ameaçados”, respondeu Elano, ao ser questionado. Ele assegurou que, em nome dos jogadores, ninguém quer “enfrentamento” com os envolvidos, apenas buscam a paz para poder trabalhar.
Em contato com o delegado Hakim, ele prefere não dar mais informações para “não atrapalhar as investigações”, mas confirma que existem mais relatos de que alguns invasores estavam armados.
MPSC acompanha a investigação 3c1h3j
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), em reunião realizada no final da manhã desta terça, tomou algumas medidas para auxiliar e acompanhar as investigações.
O auxílio será prestado pela 29ª promotoria da capital que, desde 2008, acompanha e monitora o cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre Polícia Militar, clubes de futebol, integrantes de torcidas organizadas em todo o Estado.
“Por ora é prematuro falar em participação de integrantes da torcida organizada, mas vamos apurar todo e qualquer elemento para que situações como estas não voltem a ocorrer”, afirmou o coordenador do CCO (Centro de Apoio Operacional do Consumidor), promotor de Justiça Eduardo Paladino, que participou da reunião com a diretoria do Figueirense.