A dança dos técnicos do Brasileirão finalmente chegou a Santa Catarina na 11ª rodada. Vagner Mancini não resistiu à sequência de cinco jogos sem vitórias e foi demitido da Chapecoense na manhã de ontem, após o empate em 3 a 3 com o Fluminense, na segunda-feira, no Rio de Janeiro. Em 46 jogos no comando da equipe alviverde, foram 21 vitórias, 10 empates e 15 derrotas – um aproveitamento de 52,9%, – além da conquista do título catarinense. Antônio Carlos Zago, Vinícius Eutrópio, Argel Fucks e Gilmar Dal Pozzo estão estre os nomes que podem assumir o Verdão.

Até o momento, foram oito trocas de técnicos na Série A, quatro delas por demissões, o dobro do número de treinadores mandado embora no mesmo período no campeonato do ano ado. Ainda na 11ª rodada, a demissão de Rogério Ceni do São Paulo, na segunda-feira, movimentou as redes sociais. O ídolo tricolor encerrou sua agem no comando do time paulista menos de um ano após pendurar as luvas e após seis meses de trabalho, com a equipe na zona do rebaixamento e há seis rodadas sem vencer.
O primeiro treinador a ser demitido neste Brasileirão foi Ney Franco, desligado do Sport após perder o título da Copa do Nordeste para o Bahia, quando a competição nacional se encontrava na segunda rodada. Também na segunda rodada, Paulo Autuori deixou o comando técnico do Atlético-PR e virou diretor de futebol da equipe paranaense, que contratou o ex-palmeirense Eduardo Baptista, demitido do Verdão após antes do início da Série A pelos maus resultados na Libertadores.
Na terceira rodada, Guto Ferreira deixou o Bahia para comandar o Internacional na Série B e Jorginho assumiu o tricolor baiano.
Já a quarta rodada teve o recorde de trocas até o momento. Foram três mudanças. Assim como Autuori no Atlético-PR, Petkovic deixou o comando técnico do Vitória e ou a ser diretor de futebol da equipe baiana. Alexande Gallo assumiu como treinador do Rubro-Negro. No Santos, Dorival Jr. foi demitido após a derrota no clássico para o Corinthians, Elano assumiu interinamente e Levir Culpi foi contratado na sequência. No Atlético-GO, Marcelo Cabo, sem o respaldo da diretoria, entregou o cargo após quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas. Posteriormente, Cabo acertaria com o Figueirense para a disputa da Série B. Doriva assumiu o Dragão.
Mesmo período de 2016 teve apenas duas demissões
No ano ado, a dança dos técnicos, que já é comum no futebol brasileiro, teve um ritmo mais lento. Nas 11 primeiras rodadas do campeonato, foram apenas seis trocas, número igual apenas ao de 2012 e inferior a todos os outros anos.
Mas destas seis trocas, apenas duas foram por demissões: Givanildo Oliveira, desligado do América-MG, e Gilson Kleina, mandado embora do Coritiba. Das outras quatro trocas, duas foram por outras propostas recebidas pelos treinadores: Tite deixou o Corinthians para assumir a seleção brasileira, e Guto Ferreira, que estava na Chapecoense, foi para o Bahia. Diego Aguirre pediu para sair do Atlético-MG após a eliminação na Libertadores e Muricy Ramalho deixou o Flamengo por problemas de saúde. No fim do ano, foram 29 trocas ao todo, três a menos que em 2015, quando o Brasileirão teve o recorde de trocas: 32.
O recorde de mudanças no mesmo período é de 2004, com 12 trocas nas 11 primeiras rodadas, sendo dez demissões. Entre os clubes que trocaram de treinador naquele ano, estão o campeão Santos (Emerson Leão deu lugar a Vanderlei Luxemburgo), e o vice-campeão Atlético-PR, que começou o campeonato com o interino Júlio Piza, após a demissão de Mário Sérgio, e terminou com Levir Culpi.
