Resignação e jogar pela dignidade. Estas foram as palavras do presidente do Grêmio Romildo Bolzan sobre as chances de o Tricolor se manter na Série A após a derrota para o Bahia, na última sexta-feira. Contudo, o presidente reconhece que nem os títulos da Copa do Brasil 2016 nem ou da Libertadores da América em 2017 ficarão tão marcados na história como a provável queda para a Série B.

“O ano termina o ano numa situação financeira equilibrada mais uma vez. Mas o que vai ficar da trajetória destes sete anos, se nós cairmos, lamentavelmente será isso.”
Mesmo que matematicamente ainda seja possível, o mandatário gremista reconhece que as chances são realmente muito pequenas. “Cenário não é bom do ponto de vista dos cálculos, extrema dificuldade… Fazendo uma avaliação, somente uma situação de muitas coincidências. A primeira coisa que temos que fazer é vencer as partidas. E se há uma cosia que precisamos fazer agora é jogar pela nossa dignidade.”
Sobre as razões para a queda, Bolzan não procurou desculpas. “Tudo o que acontece tem causas que possam justificar. Se o Grêmio cair, é porque não pontuou o suficiente para ar. Tem que acreditar porque tem condições. Depende de vencer, mas também de os adversários tropeçarem.”
“Sei o peso, a responsabilidade e as consequências. Mato no peito e faço tudo para retirar esta situação no ano que vem”, finalizou.
DENIS ABRAHÃO: “NÃO JOGUEI A TOALHA”
“Estou muito triste, chateado, mas não joguei a toalha. Vamos disputar os três jogos como requer a grandeza do Grêmio e seguir acreditando. Ficou difícil, mas ainda entendemos que seja possível.”, afirmou o vice-presidente de futebol do Grêmio, Denis Abrahão.
O executivo disse aos jornalistas que o clube sabe o que não está acontecendo, mas ainda não é hora de tratar isso externamente: “Eu sei que vocês querem uma resposta hoje, e nós temos todas as respostas para todas as perguntas. Nós sabemos exatamente o que está acontecendo aqui, mas nós vamos conversar a partir de segunda feira, quando será a reapresentação.”
SEQUÊNCIA DO TRABALHO
O dirigente também falou sobre a sequência do trabalho, lembrando que o próximo jogo do Grêmio será na quinta-feira, contra o São Paulo, e depois no domingo, contra o Corinthians. “Temos que trabalhar para minimizar os erros e as deficiências apresentadas, que foram muitas”, destacou.
Mesmo tentando manter o foco nos últimos jogos, Denis Abrahão também reconheceu que a situação é muito difícil. “Vamos ter que buscar forças para tentar tirar o máximo dos jogadores para conseguir as três vitórias e ver se com 45 pontos a gente consegue escapar.”
No final, o vice-presidente de futebol externou um pouco de sua indignação com o contexto do clube neste momento. “O grande questionamento é: fizemos tudo. Os jogadores sozinhos não são culpados.”
“Vamos buscar os erros sim, porque os erros aconteceram. É um novo processo de mobilização. Reunião na segunda e vamos querer saber o porquê desta apatia que não faz parte com a história do clube. Eu não posso dourar a pílula”, avisou.